Oriontte
Vida Inteligente
Você acredita que existe vida inteligente em outros planetas? Acredita que existe vida inteligente no nosso? (Ok, essa pergunta foi uma piada, embora existam inúmeras pessoas de cabeça oca por aí. Mas sigamos).
Considerando apenas a primeira pergunta, e se sua resposta foi não, então tenho mais um questionamento para você. Por acaso já ouviu falar na equação de Drake? Não sabe o que é isso? Vou explicar.
Em 1961 um grupo de cientistas resolveu se reunir para debater a existência de vida inteligente fora da Terra. Dias antes, um destes estudiosos, Frank Drake, havia criado uma equação numa mesa de bar (às vezes a bebida entra e a criatividade sai), com a intenção de calcular a probabilidade de existência de civilizações desenvolvidas no oceano de estrelas que é o universo.
A equação é composta de sete variáveis, possuindo o seguinte formato – N = R*fp ne fl fi fc L, com o seguinte significado para cada parte da fórmula:
R* - Taxa anual de produção de estrelas em nossa galáxia, a Via Láctea.
fp – fração de estrelas que possuem planetas.
ne – quantidade de planetas habitáveis em cada sistema planetário.
fl – fração destes planetas considerados habitáveis, e que podem desenvolver vida.
fi –fração dos planetas que possam desenvolver vida inteligente.
fc – fração de planetas com vida inteligente e evoluída o bastante para se comunicar por sinais de rádio.
L – o tempo de vida médio de uma civilização evoluída o bastante para se comunicar por sinais de rádio.
A multiplicação de todos esses fatores chegaria ao resultado “N”, que é o número de civilizações inteligentes com que a raça humana poderia manter contato na Via Láctea.
A equação ganhou notoriedade, mas pela falta de mais dados sobre o universo nunca se conseguiu chegar a um cálculo minimamente satisfatório, condição que foi modificada quando, sessenta anos depois, pesquisadores da Universidade de Nottingham fizeram uma adaptação na fórmula, chegando a um espantoso resultado com base nessa curiosa análise, que é o de que atualmente existem nada menos do que trinta e seis civilizações que possuem condições de manter contato conosco.
O cálculo revelou também que a mais próxima delas estaria a dezessete mil anos-luz da Terra, o que na atualidade tornaria inviável qualquer comunicação, já que mesmo que conseguíssemos enviar uma mensagem na velocidade da luz, esta demoraria dezessete mil anos para chegar lá, e a mesma quantidade de tempo para voltar. Ou seja, uma troca de cumprimentos levaria trinta e quatro mil anos para ser feita.
Evidentemente que a equação de Drake não se apoia, pelo menos até o momento, em nenhuma prova substancial ou contato efetivo com extraterrestres, mas em cálculos e variáveis que sugerem probabilidades, por isso, pense duas vezes antes de sair por aí dizendo que encontramos vida inteligente em outros planetas, embora seja fantástico pensar nessa possibilidade.
Eu acredito, e vocês?
E aí, você sabia?
Forró
Chegou o São João, a melhor época do ano, repleta de animação, dança, comida e muita, muita alegria, numa festança animada pela música que ecoa dos acordes chorosos da sanfona e do trinado do triângulo, acompanhados do inconfundível compasso da zabumba, que dá o ritmo do bate coxa que levantará poeira no salão lotado.
Mas você aí, que tanto gosta dos ritmos dessa festa maravilhosa, já se perguntou qual a origem do mais famoso deles, cujo nome é usado para nomear festivais, casas de show, eventos, bandas, músicas e tudo o mais? Sabes aí onde nasceu o nome Forró?
Pois bem, inicialmente é necessário esclarecer que o forró não é um ritmo específico, mas uma festa que mistura outros estilos, a exemplo do arrasta-pé, do xote e do xaxado, tendo nascido no estado de Pernambuco na década de 30, com os famosos bailes popularmente conhecidos como “Forrobodó” ou “Forrobodança”, sendo a primeira uma variação da expressão “forbodó”, cuja conotação seria de desentoação.
Mas há outra origem para esse nome, que apesar de mais interessante, não é historicamente comprovada. De acordo com alguns, o nome Forró teria se originado da expressão inglesa “For all”, que significa “para todos”, tendo base em uma única história, mas que sofre também variações quanto aos estados em que teria ocorrido.
De acordo com uma delas, no começo do século passado engenheiros britânicos teriam se instalado em Pernambuco para a construção da ferrovia “Great Western”, e uma vez ali passaram a organizar bailes que eram abertos a toda a população, para todo mundo, ou, na tradução ao pé da letra, “For All”. Por tal razão, com a popularização da festa, o povo começou a chama-la de Forró, em junção aportuguesada da expressão inglesa.
Há outra versão da história em que o que se muda é apenas o local em que aconteceu, sendo mantidos os demais elementos. Nela, a narrativa citada acima acontece na cidade de Parnamirim, no Rio Grande do Norte, quando durante a Segunda Guerra Mundial uma base militar é instalada pelos Estados Unidos naquele município, e a partir de então são organizados os mesmos bailes, com a mesma dinâmica citada anteriormente.
Essa última versão virou inclusive tema de um filme brasileiro, “For All – O Trampolim da Vitória”, em que uma vez mais a cidade é mudada, e a história acontece no Município de Natal, capital do RN, com o mesmo contexto citado nas versões anteriores.
Mas como foi citado acima, nenhuma destas últimas versões tem comprovação histórica, sendo mais aceito que a festa realmente se originou a partir dos bailes nominados “Forrobodó”, popularizando essa festança que saiu do nordeste para ganhar o mundo.
Mas origens à parte, o que importa é que hoje o forró é uma festa extensa, popular, e que possui sua grande vertente no Maior e Melhor São João do Mundo, que acontece, evidentemente, na cidade de Campina Grande – PB, copiada, mas jamais igualada.
Agora paremos que comece a alegria e cesse a falação, porque junho chegou, a festa começou, e o matuto anunciou, que é chegado o São João.
E aí, você sabia?
O Santo Graal
Talvez ao menos uma vez você tenha escutado esse nome, ouvido uma referência sobre ele, ou lido ou assistido alguma obra cujo enredo tenha sido inspirado na história do Graal. Mas você sabe de onde vem todo o imaginário construído em torno deste objeto tão misterioso?
Cristã ou não, a maioria das pessoas tem conhecimento da Última Ceia e de como Jesus partiu o pão e o vinho entre os apóstolos, dando origem ao importante e sagrado rito da Eucaristia. Pois bem, com o passar dos séculos, lendas começaram a circular sobre o destino que fora dado ao cálice usado por Cristo naquela noite, que nelas foi batizado de Santo Graal.
As primeiras histórias sobre o cálice remontam ao século XII, provavelmente originárias de um conto publicado pelo escritor francês Chrétien de Troyes, sob o nome “O Conto do Graal”, em que narrava a busca do objeto pelo personagem principal, Percival.
Com o passar do tempo as histórias em torno do cálice foram incorporadas às lendas Arturianas, que punham o rei Arthur e seus cavaleiros em uma jornada em busca do Graal, sendo o próprio Percival, do conto original, incluído como um dos membros da famosa Távola Redonda.
Nas histórias o Graal ora é retratado como o cálice em que Cristo partilhou o vinho, ora como a tigela em que partiu os pães na Última Ceia, sendo indicado em outras que também teria sido usado por José de Arimatéia para recolher o Sangue do próprio Cristo durante a crucificação, depois que a lança do soldado romano perfura Jesus enquanto Ele ainda está na cruz.
Em muitas destas lendas é dito que aquele que encontrar o cálice e dele beber será agraciado com a vida eterna, o que acabou gerando até mesmo diversas buscas financiadas por nobres durante a cruzadas para procurar a relíquia sagrada, que até onde se sabe nunca foi encontrada, apesar da existência de igrejas que afirmam possuírem o objeto santo, a exemplo da catedral de Valência, na Espanha.
Real ou não, o certo é que o Santo Graal tem inspirado autores ao longo dos séculos, influenciando a criação de diversas obras que marcaram o imaginário popular, como as próprias lendas Arturianas, além de outros tantos livros e filmes, em que posso citar, dentre os tanto famosos que existem, dois clássicos, um da literatura, escrito por Bernard Cornwell, “A Busca do Graal”, formado pela trilogia O Arqueiro, O Andarilho, e O Herege, e outro do cinema, “Indiana Jones e a Última Cruzada”, que nasceu da brilhante parceria entre George Lucas e Steven Spielberg.
Lenda ou não, a realidade é que a busca maior, a grande jornada que devemos empreender é aquela que tem não o Graal, mas o próprio Cristo como objetivo, e para encontra-lo não precisamos viajar milhares de quilômetros em terras misteriosas e milenares, já que Ele está bem à nossa frente, esperando apenas que deixemos que entre em nossos corações.
Essa sim é a verdadeira jornada em busca da vida eterna.
Uma Feliz Páscoa.
Que DEUS abençoe a todos.
E aí, você sabia?
Síndrome da pica
Você sabia que mulheres grávidas podem ter a síndrome da Pica?
Sim, isso é verdade, e antes que alguém saia me xingando por dizer algo aparentemente tão desrespeitoso, saibam que a afirmação possui base científica e nada tem a ver com o significado que algumas pessoas possam atribuir ao termo utilizado nessa definição. Então, não pensemos bobagem, e vamos à curiosidade do dia.
A síndrome da Pica, pessoas leitoras, também conhecida como “Picamalácia”, não tem qualquer relação com aquela outra coisa que muitas pessoas pensam quando escutam esse nome. Na verdade, esse é o termo pelo qual é designado o desejo que algumas mulheres grávidas sentem de comer algo que geralmente não faz parte de sua alimentação, podendo chegar ao ponto de ingerirem elementos que sequer comestíveis são.
Esse estranho desejo pode abranger a vontade de comer, por exemplo, terra, giz, gelo, sabonete, goma de lavanderia e, pasmem, até mesmo tijolos! E você aí reclamando quando a sua esposa pede para comer um prato de doce de jaca misturado com fava.
Mas apesar de ser curioso e até mesmo engraçado para alguns, o fato não é motivo para brincadeira, e uma vez que os sintomas comecem a surgir a mulher deverá imediatamente buscar ajuda médica para começar um tratamento, a fim de preservar a própria saúde e, evidentemente, também a do bebê que carrega no ventre.
Essa síndrome não ataca todas as mulheres, mas apenas um pequeno percentual de grávidas, podendo ser causada por questões que vão desde mudanças hormonais, até aspectos nutricionais, como desconfortos digestivos e carência de ferro e zinco, que é a popular anemia.
No entanto, como já dito antes, a síndrome é tratável, e o importante é ter atenção ao surgimento de desejos mais estranhos do que o simples fato de querer comer doce de leite misturado com pirão de peixe.
No mais, não reclame se sua esposa quiser comer melancia com caviar, o que é perfeitamente normal na gravidez. Ao invés de se queixar, corra atrás do que ela está pedindo, porque senão, já sabe né? O bebê pode nascer com a cara da fruta que a Magali mais gosta de comer.
E aí, você sabia?
Noite Feliz
Ouvir essa canção sem associá-la ao Natal é praticamente impossível, e sempre que essa época do ano chega, “Noite Feliz” toca em todas as rádios, comércios, restaurantes, igrejas, corais, e até mesmo nos banheiros com a voz desafinada de quem só se arrisca a cantarolar alguma coisa embaixo do chuveiro.
Mas você sabe a origem dessa música tão marcante? Não? Então vamos a ela, deixando logo claro que a canção não é brasileira, e nem norte-americana, mas austríaca, tendo recebido ao longo dos anos diversas versões ao redor do mundo.
Existem duas versões para a origem da música, mas ambas envolvem os mesmos criadores, o padre Joseph Mohr e o músico Franz Xaver Gruber. Em uma delas, é dito que o pároco procurou o músico para criar uma melodia para um poema que havia escrito dois anos antes, em 1816, a fim de que uma vez pronta, fosse tocada na missa de Natal que aconteceria horas depois.
Já na outra versão, é contado que o padre Joseph Mohr estava em busca de um instrumento musical para ser tocado na Missa do Galo de 1818, já que o órgão da Igreja estava com problemas. Durante essa peregrinação o padre passou a imaginar como fora a noite do nascimento de Jesus, e foi anotando cada detalhe do que pensava, compondo o poema e indo em seguida procurar o músico Franz Xaver Gruber para fazer a melodia.
Já a versão brasileira de “Stille Nacht”, com o título de “Noite Feliz” foi composta no século 19 pelo Frei austríaco Pedro Sinzig, que acabou se naturalizando brasileiro.
Qualquer que seja a versão, “Noite Feliz” é uma música lindíssima, que encanta e toca nossos corações, mesmo quando é cantada pelo tiozinho desafinado da família, ou por você mesmo, debaixo do chuveiro.
Uma música belíssima, que traduz um pouco da simplicidade e da emoção que marcaram o nascimento de nosso Salvador naquela noite inesquecível que aconteceu há alguns milhares de anos atrás.
Um Feliz Natal a todos.
E aí, você sabia?
Hercule Poirot
Sabemos que na galeria de grandes autores existem também personagens inesquecíveis criados por estes mesmos escritores, que ficam marcados no imaginário popular pela construção ímpar que possuem, e pelas histórias fantásticas das quais participaram.
Tolkien com os nove da Sociedade do Anel (além de muitos outros), Stephen King com Roland Deschain, Pennywise e mais uma gama deles, Artur Conan Doyle com Sherlock Holmes, e, claro, Agatha Christie com Hercule Poirot. Muitas vezes, a interação entre autores e personagens é tamanha que ambos acabam se encontrando dentro da própria obra (leiam “A Torre Negra” e se deliciem), mas e se essa interação for para além da morte?
Sim, já aconteceu de um personagem seguir a pessoa que o criou depois de ela ter morrido, e essa peculiaridade aconteceu com Hercule Poirot, criado pela inesquecível Agatha Christie, sendo este um dos personagens principais de diversos de seus livros.
Inteligente, sagaz, charmoso e peculiar, Hercule Poirot divide com Sherlock Holmes a posição de um dos maiores investigadores da literatura de ficção, e se tornou tão querido pelos fãs e pela própria autora que antes de falecer ela deixou escrito o livro em que Poirot também morreria.
A intenção? Evitar que o personagem fosse explorado por outras pessoas depois que ela morresse. Mas o carinho de Agatha Christie por ele era tamanho que a escritora deixou instruções para que o livro só fosse lançado depois que ela morresse, o que foi respeitado, e assim, em “Cai o Pano”, lançado em 1975, o querido Hercule Poirot nos deixa, para acompanhar sua criadora no descanso eterno, despedindo-se dos fãs juntamente com aquela que lhe dera vida.
Poético, não?
Mas não fiquem tristes, porque as histórias são eternas, e tanto autora como personagem podem ser constantemente visitados, sempre que um livro de Agatha Christie for aberto.
E que tal visita-los hoje?
E aí, você sabia?
Falar sozinho faz bem
Você já parou alguma vez para ver alguém que estava balbuciando algo ou falando sozinho em voz alta, sem que não houvesse ninguém por perto, e imaginou que aquela pessoa fosse meio amalucada ou no mínimo estranha? E se eu disser a você que de doida ela não tem nada, e que o que ela estava fazendo traz enormes benefícios para quem age da mesma forma?
Pois é, falar sozinho faz bem.
Antes de dizer que sou zureta por ter esse hábito, saiba que de fato falar sozinho traz diversos benefícios em variadas áreas, por isso, não chame de doido quem age assim. Doido é você, que não fala consigo mesmo, e vou mostrar porque.
De acordo com especialistas, o ato de falar sozinho é um hábito perfeitamente saudável, que ajuda na organização dos pensamentos, no desenvolvimento da imaginação, bem como no aprimoramento da linguagem, do raciocínio, e da memória, além de ser uma ótima forma para extravasar emoções e encontrar um equilíbrio sentimental, podendo aumentar ainda a autoconfiança de quem adota esse comportamento.
Isso acontece porque ao falar sozinha, a pessoa enfatiza os pensamentos ou assuntos em que está pensamento, o que auxilia na concentração e organização, ajudando ainda a trabalhar a memória.
Além disso, falar sozinho ajuda no desenvolvimento do discurso e domínio do mesmo, nos casos em que, por exemplo, a pessoa está prestes a defender um trabalho ou fazer outro tipo de apresentação, o que auxilia bastante na construção da autoconfiança.
Viu como faz bem?
Então você aí, que é careta e não adota esse hábito saudável em que pode interagir consigo mesmo e com si próprio enquanto fala com sua própria pessoa e dela escuta o que você mesmo está dizendo, pense novamente e pelo menos experimente a sensação de bater aquele papo com seu eu, na intimidade ou na rua mesmo, ainda que todo mundo esteja olhando e pensando que você é pirado.
Liga não, garanto que é bom demais.
E aí, você sabia?
Mistério
E aproveitando que falamos na seção de “impressões sobre filmes e livros” do clássico dos anos 80, “Três Solteirões e um Bebê”, vou aproveitar o ensejo para trazer uma curiosidade sobre esse filme, uma que assombrou... opa, que ficou na cabeça de muita gente por décadas. Vamos a ela.
Em uma das cenas do filme em que Jack (Ted Danson), um dos solteirões e pai genético de Mary está apresentando a bebê à mãe dele, podemos ver uma imagem atrás da cortina de uma das janelas do apartamento. O take é rápido, mas pode-se vislumbrar com clareza que há uma pessoa que parece ser um rapaz no local.
A partir daí criou-se um mistério que logo se tornou um tema sobrenatural, já que foi espalhada a notícia de que a imagem era de um jovem que morara naquele mesmo apartamento e que ali cometera suicídio. A mídia ficou em polvorosa, e por anos abordou de tempos em tempos aquela misteriosa aparição, com reportagens inteiras dedicadas àquela análise, algo que tirou o sono deste que vos escreve, que ainda era criança naquela época.
O mistério permaneceu por décadas, sendo revisitado vez por outra, até que recentemente a atriz Margaret Colin, que também participou do filme, veio a público dizer que tudo era boato, e que a imagem que vemos é do ator Ted Danson, que saiu do contexto porque a cena que a explicaria foi cortada na edição final.
Danson faz o papel de Jack, que também é ator, e a imagem seria uma reprodução do mesmo em tamanho real, um banner promocional para um dos trabalhos de atuação que promovia, algo que segundo a atriz deixou de ser mencionado porque a cena que indicava que ele estava fazendo aquela espécie de trabalho acabou sendo cortada.
Caso a versão seja verdadeira, ela acaba encerrando um mistério que durou décadas, e que habitou (termo melhor do que assombrou) o imaginário dos fãs por todo esse tempo.
E antes que eu termine, vai outra curiosidade rapidinha. Pouca gente sabe, mas esse filme foi dirigido por ninguém menos que o saudoso Leonard Nimoy, o eterno Sr. Spock, um dos personagens principais do clássico “Jornada nas Estrelas” (StarTrek).
Então, curtam o filme, a curiosidade e, aproveitando ensejo, como diria o Sr. Spock, tenham uma vida longa e próspera.
E aí, você sabia?
Presente
Mês de junho no ar, e com ele chega a melhor época do ano, com os festejos juninos que trazem aquela vontade de dançar agarradinho com o amor encontrado (e por alguns ainda buscado). E como não é segredo para ninguém, um dos santos homenageados nesse período é Santo Antônio, conhecido por muitos como o casamenteiro.
É justamente na véspera do dia 13, data em que se celebra Santo Antônio, que passou a ser comemorado no Brasil o dia dos namorados, sendo esta a única data que se diferencia do dia 14 de fevereiro, em que é celebrado o dia de São Valentim pelo resto do mundo.
Mas independente do santo, bem como do dia em que se comemora essa data, o certo é que o dia dos namorados é cercado por diversas curiosidades, e trataremos de uma ou duas delas hoje, então, largue a boca do seu par só por alguns segundinhos e venha se inteirar dos fatos curiosos por aqui.
Uma das tradições desta data especial, além do jantar à luz de velas e das declarações de amor é, claro, a troca de presentes, o que, a depender do agrado que é oferecido, pode acarretar naquela boa e velha “d.r.” que tanto arrepia os pelos de alguns.
Roupas, joias, buquês, há até quem dê carro de presente, tudo variando conforme os gostos e, claro, os bolsos. Mas e se eu lhe disser que em alguns lugares é sinal de respeito e de amor presentar seu par com uma colher, ou, pasmem, com um suíno bem rosadinho, ou seja, o bom e velho porquinho.
Comecemos pela colher. No País de Gales, tem-se por costume presentear o par romântico com o que por lá é conhecido como “colher do amor”, mas não é um mero talher que você compra ali na esquina e vai logo dando. Não, esses objetos geralmente são feitos de madeira e cuidadosamente talhados com algum significado, o que acaba tornando o agrado um tanto que especial. Ou não? Acho que vai depender da cabeça de quem recebe o presente.
Agora vamos ao que com certeza chamou muito mais sua atenção dois parágrafos atrás. Sim, ele mesmo, o “poiquinho” (com “i” mesmo) inusitado que é dado de presente nessa data especial. Pois bem, na Alemanha, o porco dado de presente nessa data tem o significado de desejo de sorte, abundância e luxúria (hummm, salientes...), mas como deve dar trabalho cuidar de um bichinho tão comilão, o pessoal lá passou a ser mais prático, dando esse animalzinho na forma de chocolates ou pelúcias.
Agora imagina aí seu amor chegando com um porco de presente no dia dos namorados. Ia gerar D.R.? Só vendo para saber.
Mas eu, como não estou no País de Gales ou na Alemanha e nem sou bobo nem nada, não vou arriscar chegar com uma colher ou um porquinho para dar à minha namorada. Seguindo a boa e velha tradição daqui, vai ter buquê e um presente legal. Não um carro (ainda não, amor), mas quem sabe um dia?
Mas amor vai ter, e muito.
E aí, você sabia?
Mãe Coruja
O dia das mães chegou, e com ele trazemos uma curiosidade sobre essa pessoa tão maravilhosa que nos colocou no mundo, tanto nos ama e que é dotada de uma paciência digna de respeito que a permite aturar as nossas aporrinhações diárias.
E falando do amor de mãe, já ouviram aquele ditado popular que diz que “quem ama o feio, bonito lhe parece?” Bem, esse dito tem uma certa relação com uma expressão igualmente famosa, que é a já conhecida “Mãe Coruja”. Explico.
Há uma fábula antiga que conta a história de duas aves que viviam brigando, uma águia e uma coruja. Um dia, cansadas de brigas elas resolveram fazer as pazes, e para evitar futuras confusões a coruja propôs que uma não comesse os filhotes da outra.
A águia concordou de imediato e pediu à outra que descrevesse seus filhotes para que ela não os devorasse. Nisso, a coruja disse que seus rebentos eram as criaturinhas mais lindas de toda a floresta, com as penas mais maravilhosas.
A águia guardou a informação, e quando estava caçando avistou um ninho com uns bichinhos feios, que não batiam em nada com a descrição que a amiga fizera. Convencida então que aquelas criaturinhas feiosas não eram os filhotes da coruja, elas os comeu e foi embora.
Mas qual não foi a surpresa da águia quando a coruja foi visita-la aos prantos, dizendo que ela tinha comido seus filhotes. Confusa ela negou, dizendo que tinha comido umas criaturinhas feias, que não condiziam com a descrição que a outra fizera, no que a coruja lhe afirmou que aqueles eram exatamente seus filhos.
Moral da história? A beleza depende de quem olha, e no caso das mães corujas, os filhos serão sempre lindos, mesmo que sejam o retrato vivo de Chucky, o Brinquedo Assassino.
No meu caso, não tive esse problema, já que minha mamãe sempre foi sincera e nunca mentiu ao dizer que eu era um dos bebês mais feios que os médicos que fizeram o parto já tinham visto. Não é à toa que um dos apelidos deste que vos escreve era E.T.
Mas essa é outra curiosidade. Talvez um dia fale mais sobre ela. Enquanto isso, desejo um feliz dia das mães para essas pessoas maravilhosas que tanto nos amam.
E aí, você sabia?
Pensamento Positivo
Já ouviu falar no poder do pensamento positivo? Bem, além de título de livro a expressão citada acima é um já conhecido discurso motivacional utilizado para inspirar as pessoas a agirem e pensarem com mais positividade, especialmente naqueles momentos em que o desânimo ou a falta de interesse começam a ganhar uma certa força.
Mas essa expressão não é apenas um simples discurso motivacional que se pode ler em livros, posts ou por intermédio de outros recursos. Ela de fato tem uma base científica, dando-se à mesma o nome de “Profecia autorrealizável”.
Funciona da seguinte forma, caro leitor. Sabe aquele projeto que você tanto batalha para tirar do papel? Ou aquela atitude que você finalmente tomou querendo chegar ao tão sonhado objetivo? Essas são algumas das definições que podemos dar ao famoso “sonho que queremos que se torne realidade”. Mas para que se chegue em algum lugar, é necessário dar o primeiro passo, e junto com ele vem uma palavra que não gostamos muito de ouvir... “risco”.
E ali, acompanhando o risco vem o famoso medo de que algo, ou tudo saia errado no caminho. Esse receio é comum, e pode até ser benéfico, para que se tenha um pouco de noção da realidade e não acabe se dando o tão conhecido passo maior do que a perna. Mas também pode ser extremamente nocivo se deixarmos que ele tome conta de cada uma de nossas ações... e também dos nossos pensamentos.
Agora imagine que você finalmente tenha tomado a coragem para tirar seu projeto de cima da mesa e comece a pô-lo em prática, mas... (eita palavrinha para incomodar esse “mas”, dependendo do contexto é claro), mas desde o início se deixe tomar por aquele sentimento de “caramba, acho que isso não vai dar certo”.
Agora imagine que esse “não vai dar certo” passe a ser uma expressão cada vez mais constante, e depois se torne um mantra, para acabar se transformando em um pensamento fixo. Sabe o que acontece em seguida? Não? Eu conto, afinal essa seção é para isso.
O que acontece é que a propensão de dar errado aumenta exponencialmente quando você deixa a negatividade tomar conta, e sabe por que? Porque naturalmente os seus esforços para que aquilo dê certo serão reduzidos pelo seu medo de que tudo acabe dando errado, e é aí que tudo pode ir por água abaixo. E isso é a tão falada “profecia autorrealizável”. Pegou?
Mas da mesma forma que funciona para o lado negativo, ela serve também para o lado positivo, o que nos mostra que o poder do pensamento positivo não é só uma expressão, mas uma realidade.
É claro que nem tudo depende só de pensar positivamente, mas também de muito estudo, esforço e, claro, noção das coisas. Ou você acha que o desejo de construir um foguete no quintal para chegar na lua vai funcionar só com o pensamento positivo? Talvez até funcione... se o outro mundo onde se queira chegar não seja o espaço, mas de fato, o outro mundo, se é que me entendem.
Portanto, caras pessoas que tiraram um tempinho de suas vidas corridas e de seus projetos tão sonhados para lerem isso aqui, pensem positivo, porque talvez assim o negativo da conta bancária acabe sumindo.
E claro, o mais importante, que é que vocês acabem realizando seus sonhos.
E aí, você sabia?
Árvore de Natal
É Natal, pessoal, e como não poderia deixar de ser, as curiosidades do dia serão sobre essa data tão especial. E o foco de hoje é um dos grandes símbolos dessa época, que é montado e enfeitado em praticamente todas as casas do país. Talvez vocês já saibam de quem estou falando. Claro que é ela, a famosa árvore de natal.
Seja grande, seja pequena, seja repleta de enfeites ou um pouco mais tímida, verde ou branca, natural ou artificial, a árvore de natal já se tornou uma tradição que representa como poucos outros símbolos essa época do ano. Mas como tudo isso começou, e quais são os significados por trás deste célebre objeto decorativo? Vamos lá descobrir.
Em que pesem existirem inúmeros registros e hipóteses para o surgimento da árvore de natal, uma das mais aceitas é a de que Martilho Lutero, o monge alemão que deu início à reforma protestante, estava caminhando pela floresta uma noite antes do natal quando olhou para o céu e viu as estrelas brilhando no alto achou a imagem tão linda que achou que a cena lembrava Jesus.
Foi então para casa e na noite de natal enfeitou um pinheiro com inúmeras velas para representar as luzes que viu e mostrar aos filhos como era o céu na noite do nascimento de Cristo. Bonito, não é? E falando nos enfeites que ficam na árvore, você sabia que alguns não estão ali simplesmente por serem bonitos, mas que possuem de fato um significado intrinsecamente ligado ao natal?
Um bom exemplo são aquelas bengalinhas que por vezes vemos penduradas em algumas árvores. Pois bem, em muitas culturas elas representam a caminhada de Jesus como o Bom Pastor.
Há também as luzes de Natal que são colocadas na árvore, e que representam como o nascimento de Cristo é uma Vitória da Luz sobre a escuridão. E não vamos esquecer da célebre estrela que fica no topo da árvore, que faz alusão àquela que brilhou no céu na noite em que Jesus nasceu, indicando o caminho que levava ao local de nascimento de nosso Salvador.
Por fim, e em época de tanta euforia em torno do novo filme do homem-aranha, falemos do bichinho que dá nome e poderes a este herói. O que isso tem a ver com natal? Você pode perguntar. Bem, não é o personagem, mas sim o animal que está ligado a outra tradição do natal.
Espantado? Pois fique sabendo que em algumas culturas, tais como as dos Ucranianos e Poloneses, as árvores de natal ostentam teias de aranha como enfeite, porque naqueles locais acredita-se que esses bichinhos teceram a manta do Menino Jesus, sendo o enfeite um representativo de bondade e prosperidade. Curioso, não é? Pois é, esse é exatamente o objetivo da seção.
Mas vamos parar por aqui, porque o Natal está chegando, e é momento de reflexão e agradecimento àquele que deu sua Vida por nós, cujo nascimento é marcado por esta data tão especial.
Então, um Feliz e Abençoado Natal a todas e todos, repleto da presença de DEUS em nossas vidas e nossos corações.
E aí, você sabia?
Leitura Fina
A leitura é uma das grandes maravilhas da humanidade, e nos dá a possibilidade de enriquecer nossos conhecimentos, apaziguar nossos corações, estimular nossas fantasias ou pura e simplesmente nos trazer momentos calmos de uma confortável satisfação. O hábito de ler é enriquecedor e envolvente, e é realmente uma pena que essa paixão não seja compartilhada por todos.
Mas trago aqui uma curiosidade que pode acabar atraindo algumas pessoas que não possuem tanta simpatia pela leitura, e que me deixou tão espantado quanto provavelmente vocês ficarão ao descobrirem isso. Ler emagrece!
Sim, caras pessoas, o hábito de ler pode lhe ajudar a emagrecer, e de acordo com algumas pesquisas, uma hora de leitura é capaz de auxiliar o leitor a secar cerca de cento e vinte calorias.
Mas a curiosidade não para por aí. Pesquisas mais aprofundadas revelaram que alguns gêneros literários ampliam o consumo calórico, podendo-se citar “O Código da Vinci”, de Dan Brown, e “O Iluminado”, de Stephen King como dois dos maiores consumidores de calorias.
A explicação científica fornecida é a de que a adrenalina liberada durante a leitura ajuda a moderar o apetite e a consumir mais calorias.
Então, meu povo, está aí uma boa opção para perder calorias enquanto malha também o cérebro. Mas mesmo que não vocês não curtam aquela maromba na academia ou aquela corridinha na rua ou na esteira, ainda assim não deixem de fazer exercícios. Afinal, é da nossa saúde que estamos falando.
Mente sã, corpo são.
E aí, você sabia?
Déjà Vu
Você já esteve em um lugar onde nunca tinha estado antes e repentinamente lembrou de algo que nunca vivera anteriormente exatamente naquele mesmo local? Não entendeu? Exemplifico.
Imagine que está viajando pela primeira vez para a Itália com um grupo de amigos, e assim que chega, por exemplo, ao Coliseu, você lembra de ter estado ali antes, naquelas mesmas circunstâncias, ainda que nunca tenha estado naquele local com aquelas pessoas.
Pois é, se já viveu isso, não se espante e nem ache que está ficando louco. Muitas pessoas já passaram por essa situação, e para algumas ela é algo constante, e o nome que se dá a esse sentimento é “Déjà Vu”, expressão francesa que traduzida para nossa língua mãe significa “já vi”.
Mas qual é a explicação para esse interessante fenômeno? Bem, algumas são utilizadas, e vão desde a explanação pura e simplesmente científica, chegando até mesmo às teorias sobre o multiverso, que será explicada mais à frente, e passando por simples falhas em nossa memória, que acaba interpretando de forma errada determinados fatos.
Uma das explicações mais aceitas indica que a sensação de Déjà vu nada mais é do que uma falha de interpretação de nossas lembranças. O cérebro humano possui diversos tipos de memória, a exemplo da imediata, que registra alguns fatos para logo esquecê-los (um número de telefone ou CEP, por exemplo), a de curto prazo, que pode durar algumas horas ou dias, e a de longo prazo, que dura meses ou anos.
Definidos os tipos de memória, explica-se o Déjà vu como uma falha momentânea, em que nosso cérebro, ao registrar um fato que está acontecendo naquele momento, acaba jogando-o na memória de longo prazo, ao invés de incluí-lo na parte imediata de nossas lembranças.
Ou seja, um fato que você acaba de ver acaba simultaneamente sendo jogado em suas recordações como algo visto ou vivido há muito tempo, e isso apenas porque sua mente pulou uma etapa no armazenamento de informações.
Outra explicação é a de que você nunca viveu aquilo, mas viu ou vivenciou algo semelhante, e no momento do Déjà vu seu cérebro fez a associação de familiaridade dando a sensação de que aquilo já tinha acontecido antes. Citando o mesmo exemplo do Coliseu, imagine que alguém assistiu um filme em que o famoso monumento estava presente (e são inúmeras as obras em que esse marco da arquitetura aparece).
Essa mesma pessoa, ao pisar pela primeira vez no Coliseu, passará por uma associação feita por seu cérebro acerca daquela referência do filme, criando um cenário que faz com que ela acabe achando que já esteve ali antes, e que já vivenciou aquela situação.
Vamos agora para a que eu, como um bom nerd convicto, considero a mais interessante, e que espero que seja a verdadeira (por mais que alguns achem que seja absurda), que é a do Multiverso. Antes de adentrar nela, explico para quem não esteja familiarizado com o termo e com o tema o significado dessa interessante teoria.
Para alguns teóricos, o universo não seria algo único ou estático, mas sim algo dividido em inúmeras versões de si mesmo, em que dimensões paralelas existiriam, com várias versões deste mundo, e de cada um de nós nesses mundos. Por exemplo, aqui eu sou um advogado e aspirante a escritor, mas em um mundo paralelo eu sou um famoso e talentos (conta outra) jogador de futebol.
Pois bem, explicado o significado, vamos à teoria. Para alguns pensadores, o Déjà vu decorre de um fenômeno que envolveria a conexão momentânea de dois destes universos, como, por exemplo, uma antena que pega em determinado momento dois sinais de emissoras de rádios ao mesmo tempo.
Em determinado instante, dois destes universos entrariam em um estado de sincronia, e algo que seu outro eu já viu ou viveu naquela outra dimensão seria captado por sua memória.
Legal, não é? E para finalizar, ainda passeando pelo mundo nerd, cito a última das teorias, revelada por Trinity para Neo no filme Matrix, em que ele, em determinado momento revela que teve um Déjà vu depois de ver um gato preto.
“Um Déjà vu é uma falha na Matrix. Acontece quando eles estão mudando alguma coisa”.
E então, vai tomar a pílula azul, ou a vermelha? Entendedores entenderão.
E aí, você sabia?
Chaves
As curiosidades de hoje são sobre um dos melhores seriados televisivos já produzidos desde que essa caixinha de surpresas chamada de televisão foi criada, o nosso querido e bom e velho Chaves, ou Chavinho, para os mais apegados.
A séria mexicana passou a ser transmitida pelo canal SBT na década de oitenta, e de imediato ganhou uma legião de fãs pelos lados de cá, como esse que vos escreve. A turma da vila, era composta pelo próprio Chaves e por figuras icônicas que marcaram nossa memória afetiva, como Seu Madruga (o lendário), Chiquinha, Quico, Sr. Barriga, Nhonho, Professor Girafales, Dona Florinda e a Bruxa do 71, ou Dona Clotilde.
Havia também a participação esporádica de alguns personagens, como Pati, que encantava os meninos da vila, e o querido Jaiminho, o carteiro preguiçoso que lia as correspondências dos moradores e empurrava a própria bicicleta ao invés de andar nela, explicando tal fato com seu famoso bordão, “é que eu quero evitar a fadiga”.
A série, além de marcar o imaginário popular de várias gerações, é composta também por diversas curiosidades, tendo inclusive criado uma lenda urbana no Brasil em uma época em que não havia internet para desmenti-la, que será tratada adiante.
A série foi criada pelo ator e comediante Roberto Gómez Bolaños, também conhecido no México como Chespirito, que era quem fazia o papel de ninguém menos que o próprio Chaves, e apesar de só passar a ser transmitida no Brasil nos anos 80, ela teve início em 26 de fevereiro de 1973, tendo como marco final o dia 7 de janeiro de 1980.
O enredo trata dos moradores de uma simpática Vila tentando ajustar-se em meio às suas diferenças enquanto aprontam as mais variadas confusões, sendo eles a arrogante e prepotente Dona Florinda (Florinda Meza) e seu filho mimado Quico (Carlos Villagrán), o lendário e inesquecível caloteiro Seu Madruga (Ramón Valdez) e sua filha gasguita e mal comportada Chiquinha (María Antonieta de las Nieves), a famosa Bruxa do 71, ou Dona Clotilde (Angelines Fernández), o apaixonado Professor Girafales (Rubén Aguirre) e o dono da Vila, o ricaço Sr. Barriga e seu filho Nhonho, ambos interpretados pelo ator Edgar Vivar.
A primeira curiosidade envolve o nome original do seriado, que no México era “El Chavo del Ocho” (O Chaves do oito). A referência ao número em destaque possui duas explicações, uma delas é a de que teria ligação com o canal da emissora que originalmente transmitiu a série, a Televisa, que era justamente, o oito.
A segunda é a de que ao contrário do que muitos pensavam, Chaves, ou Chavo, não morava no barril de onde geralmente o víamos saindo, mas sim em um apartamento situado na Vila, cujo número seria exatamente o oito, local que jamais apareceu nos episódios da série.
Outro fato curioso é o de que a atriz Florinda Meza, que interpretava Dona Florinda, chegou a namorar com Carlos Villagrán, que dava vida a Quico, mas acabou posteriormente se casando com Roberto Gómez Bolaños, com quem esteve até a morte do mesmo, em 2014. A série inclusive sofreu um revés pela saída de Villagrán por desentendimentos com Bolaños, algo que não se deveu ao relacionamento citado acima, mas sim por questões envolvendo os personagens de ambos.
Após deixar o seriado, por questões jurídicas envolvendo a propriedade intelectual do personagem Quico, que tinha sido criado por Bolaños, Villagrán teve de interpretá-lo no exterior por muitos anos, sendo proibido de fazê-lo no México. Os atores permaneceram rompidos até a morte de Roberto, mesmo tendo ocorrido uma tentativa de conciliação promovida pela Televisa em 2003.
Ainda em se tratando de Carlos Villágran, poucos sabem, mas ele participou de um filme produzido pelo apresentador Danilo Gentilli em 2017, cujo título é “Como se Tornar o Pior Aluno da Escola”, em que fazia o papel do diretor do colégio onde se passa a história.
Outra personagem que possui diversas curiosidades é a Dona Clotilde, ou Bruxa do 71. Apesar de ser maquiada para ficar feia, parecendo realmente uma bruxa, a atriz Angelines Fernández foi considerada em sua juventude uma das mulheres mais bonitas do México. Outro fato digno de menção é o de que ela pegou em armas para lutar contra a ditadura de Francisco Franco na Guerrilha Republicana, em sua terra natal, a Espanha, de onde foi obrigada a fugir por aquele governo ditatorial. Arrojada a mulher, não acham?
Apesar de ser bem visível, há quem não saiba que os personagens Sr. Barriga e seu filho mimado Nhonho eram interpretados pelo mesmo ator, o famoso Edgar Vivar, que é presença frequente no Brasil, país que costumeiramente visita. E falando nele, quem não lembra os catorze meses de aluguel que eram cobrados do Seu Madruga em quase todos os episódios?
Essa é exatamente a deixa para falarmos nele, o lendário, o grandioso, o inconfundível Seu Madruga (Don Ramón, na versão original), interpretado pelo inesquecível Ramón Valdés. Dono do célebre bordão “a vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena”, o querido Madruguinha sofria com as consequências das travessuras de Chaves, geralmente levando um sonoro tapa no rosto dado por Dona Florinda em consequência disso.
O Seu Madruga também era conhecido por ser ligeiramente preguiçoso, e pelas sucessivas tentativas de fuga que empreendia quando via o Sr. Barriga, tudo isso para escapar de pagar os catorze meses de aluguel que devia ao dono da Vila.
Em uma referência a essa dívida, Edgar Vivar, que interpretava o Sr. Barriga e era vizinho de Valdéz disse emocionado que poucos dias antes da morte do ator, que ocorreu em 1987, ele o visitou no hospital, e o intérprete de Seu Madruga, que estava bastante doente, ainda conseguiu brincar, dizendo, “Senhor Barriga, não poderei mais lhe pagar o aluguel.” Grande Madruga, manteve o bom humor até o fim.
E agora falemos da última curiosidade, a famosa lenda urbana criada entre as décadas de 80 e 90, que espalhou o boato de que todo o elenco de Chaves tinha falecido em uma queda de avião. Pode parecer estranho hoje que tanta gente tenha caído nessa lorota, mas estamos falando de uma época em que a internet não era usada por todos, não sendo possível dar o famoso google para verificar a veracidade da história.
Pois bem, essa conversa sempre foi “estória” (sim, com “e” mesmo, para atestar que é ficção), e apesar de muitos dos integrantes do elenco já terem partido, é certo que não foi da forma como a fofoca que foi espalhada dizia.
De todos os personagens da Vila, já nos deixaram o próprio Bolaños (Chaves, em 2014), Ramón Valdés (Seu Madruga, em 1988), Angelines Fernández (Dona Clotilde, em 1994), Raul Padilla (Jaiminho, em 1994), e Rubén Aguirre (Professor Girafales, em 2016).
Chaves teve 312 episódios em seu período de duração, e posso dizer que a maior curiosidade da série é a atração que dela ainda emana, fazendo com que mesmo tendo assistido os capítulos centenas de vezes os fãs voltem a fazê-lo com satisfação, sempre rindo das mesmas piadas, apesar de já sabe-las decoradas.
E posso dizer com muito orgulho que eu sou um desses admiradores.
E aí, você sabia?
When You're Strange
Is Everybody in? Is Everybody in? Is Everybody in? The Ceremony is about to begin.
E claro, as curiosidades também. E uma delas era a frase provocativa dita por Jim no começo de alguns de seus shows, convocando a todos para a cerimônia que teria início dali em diante. Mas essa não é a única particularidade sobre o conjunto e sobre o Rei Lagarto, então senta aí e presta atenção, que vamos mergulhar um pouco mais na história dessa banda.
A primeira curiosidade é justamente sobre a frase que abre essa seção. Bem, como já explicado, tais palavras eram uma espécie de convocação feita por Morrison para dar início à cerimônia que seria a apresentação da banda, como se fosse um xamã convocando a tribo para uma espécie de ritual.
Jim era um entusiasta de rituais e cerimônias indígenas e por tudo o que envolvia a cultura dos índios norte-americanos, e há quem diga que chegou ele mesmo a participar de alguns desses encontros em que fez uso de Peyote (uma planta com efeitos alucinógenos) para entrar em transe.
O próprio Jim dizia que quando criança presenciou um terrível acidente com um caminhão que levava índios, e que naquele momento a alma de um deles teria entrado na sua, passando a acompanha-lo desde então. Esse fato foi constantemente abordado no filme biográfico The Doors, que mostra dois índios que aparecem nas visões de Morrison em momentos cruciais da obra.
Outra curiosidade que pode trazer espanto a quem já viu algumas apresentações da banda é a que se refere à timidez de Jim Morrison. Conhecido por seu jeito provocativo e muitas vezes sensual, o cantor era de fato um pouco acanhado (pelo menos no que concernia às performances no começo da carreira), o que o levou inclusive a cantar de costas para a plateia nas primeiras apresentações da banda.
E falando na banda, uma de suas maiores características era o caleidoscópio musical que formava sua identidade, construída a partir das diversas influências trazidas por cada um dos integrantes. Ray era formado em piano clássico, Robbie em guitarra flamenca, John possuía uma forte pegada latina, e Morrison, além das poesias das letras, era um grande fã de Elvis e Sinatra, levando também a influência teatral para as canções, que não apenas cantava, mas também interpretava e chegava até mesmo a compor improvisando no meio das apresentações.
Ainda sobre a banda, algo curioso é que os Doors não tinham um baixista em sua formação. Durante um bom tempo eles procuraram um integrante que tocasse o instrumento, mas ninguém se encaixou, e acabaram usando baixistas apenas nas gravações dos álbuns. Mas como tocar ao vivo sem baixo? Bem, Ray Manzareck dava um jeito.
O músico fazia a linha do teclado com a mão esquerda, e com a direita tocava um piano bass que fazia os sons do baixo, fazendo com que os ouvintes pensassem que realmente havia um baixista tocando com a banda nas apresentações. E vale destacar que o rapaz ainda se encarregava de fazer a segunda voz, e chegou a substituir o próprio Morrison em alguns shows. O motivo? Jim tinha tomado umas a mais e não estava em condições de cantar.
Voltando para o vocalista, James Douglas Morrison, ou Jim, para os mais íntimos, apesar de sua personalidade nada conservadora era filho de nada menos que um dos almirantes da marinha norte-americana, George Stephen Morrison, que esteve comandando na guerra do Vietnã durante a conturbada década de sessenta. Não precisa nem dizer que pai e filho não eram lá muito próximos, não é?
A maior parte das músicas era escrita por Morrison, mas a mais famosa delas, Light my Fire, foi inicialmente composta por Robbie Krieger, o guitarrista. Nos primeiros ensaios da banda, Jim deu uma atribuição a cada um dos integrantes, pedindo que compusessem algumas canções e trouxessem no encontro seguinte.
Mas apenas Krieger obedeceu, trazendo o início de Light my Fire, cuja segunda estrofe foi composta por Jim. Nascia ali a música mais famosa da banda. Mas apesar de ser responsável pela composição da grande maioria das canções, Morrison fazia questão de que o nome de todos os integrantes aparecesse nos créditos, dividindo com eles a autoria das obras.
Jim faz parte do célebre “Clube dos 27”, integrado por famosos nomes do Rock que faleceram aos vinte e sete anos, a exemplo de Jimmy Hendrix, Janis Joplin, Brian Jones, Kurt Cobain e Amy Winehouse. Agora imagina essa galera reunida e tocando. Woodstock perde feio.
Por fim, encerro com a curiosidade que me levou a escrever o conto. A de que Jim não teria morrido em 1971, mas forjado a própria morte para viver sossegado no anonimato, como Arthur Rimbaud, um dos seus escritores preferidos tinha feito antes.
A história já gerou tantas versões que já houve quem dissesse ter visto Morrison trabalhando como bancário em Paris, além de haver relatos de outras aparições inusitadas do cantor. Agora imagina aí você, fã dos Doors, chegando no banco e trocando dinheiro com ninguém menos que Jim Morrison ali no caixa. Haja viagem!
E falando nisso, se Morrison de fato está vivo então deve ter achado ótimo o local em que foi enterrado. O cemitério Père-Lanchaise, em Paris, é o lugar de repouso de diversas personalidades do mundo da arte, como os escritores Honoré de Balzac e Oscar Wilde, e os músicos Chopin e Edith Piaf. Ou seja, não poderia estar em companhia melhor.
E aí, você sabia?
Tradição
São João chegando e a vontade de dançar forró vai deixando os pés inquietos e o coração ansioso, e ficamos ávidos por todos os atrativos que permeiam essa época tão agradável, desde o forró dançado agarradinho até as comidas deliciosas da culinária tradicional que ganha ainda mais destaque nessa época do ano.
E como não poderia deixar de ser, uma festa tão antiga e tradicional como essa guarda também diversas curiosidades em suas raízes, sendo exatamente sobre elas que falaremos aqui hoje.
A primeira delas, e que pouca gente sabe, é que cada santo das festas juninas possui uma fogueira com formatos específicos. Como é de amplo conhecimento, três santidades são homenageadas nos festejos juninos, Santo Antônio em 13 de junho, São João em 24 de junho e São Pedro em 29 de junho. Nas vésperas de cada um desses dias uma fogueira é acesa, tradição essa que muitos dizem remeter ao nascimento de João Batista.
Muitos indicam que quando Isabel ficou grávida de João Batista ela prometeu à sua prima, Maria, mãe de Jesus, que avisaria quando o filho nascesse. Assim que João veio ao mundo Isabel ergueu um mastro em frente à sua casa e o iluminou com uma grande fogueira, o que acabou tornando-se uma tradição para homenagear esse santo.
Feitas as explicações, vamos à curiosidade. Santo Antônio, o primeiro dos homenageados, possui uma fogueira montada com a base quadrada, ao passo que a de São João tem uma base redonda e a de São Pedro, triangular. Nossa, eis uma informação que mudou sua vida, não é? Bem, não deixa de ser um fato curioso, e vale pelo menos para ser usado para puxar aquele papo quando a festa não estiver assim tão legal (o que é algo bem difícil de acontecer).
E falando em fogueiras, lembramos logo dos fogos de artifício, balões e tudo mais que possa ser relacionado a elas. Eis então outro fato curioso relacionado às festas juninas.
Os balões eram tradicionalmente utilizados como uma forma de avisar que a festança estava para começar, e também como uma maneira de levar até São João os desejos daqueles que os soltavam, no entanto, em virtude dos estragos ocasionados por aqueles que possuíam a capacidade de causar incêndios a prática atualmente é considerada crime pelo artigo 42 da Lei nº 9.605/98, ao menos quando o material utilizado possui o potencial de trazer algum tipo de risco.
Já a queima de fogos é tradicionalmente usada como uma forma de acordar São João para celebrar os festejos, e a depender do lugar e da intensidade com que são usados, eles acabam é não deixando ninguém dormir.
Mas para que dormir quando há tanta diversão para ser aproveitada nessa data especial? Por isso, vamos calçar as botas, botar os chapéus, encher o bucho de milho e dançar forró até o sol raiar, porque é São João meu povo, então... puxa o foooooooole sanfoneiro.
E aí, você sabia?
Santo casamenteiro
Ahhh, o dia dos namorados. Momento de trocar beijos, presentes e juras e declarações de amor. Data em que o coração dos apaixonados bate mais forte, e em que os restaurantes e floriculturas ficam lotados, tomados por enamorados em busca de jantares à luz de velas e buquês para suas amadas.
Mas você sabia que esse evento tão especial é apadrinhado por dois santos diferentes, o que inclusive motiva a sua comemoração em datas distintas? Não sabia? Então está no lugar certo.
Aqui no Brasil a data é comemorada em 12 de junho, véspera de dia de Santo Antônio, por muitos considerado o santo casamenteiro. Essa fama não tem uma origem certa e específica, baseando-se em alguns relatos por muitos considerados como sendo lendas que se sedimentaram e espalharam-se com o passar dos anos. Em uma dessas versões é narrada a história de uma jovem de Nápoles que tinha um forte desejo de casar, mas que não possuía bens para oferecer em dote.
Antes de seguirmos, é bom esclarecer que antigamente havia o costume de a família da noiva oferecer bens materiais ao noivo, sendo este o famoso dote. Pois bem, essa jovem não possuía riquezas, e como queria muito casar, ela ajoelhou-se aos pés de uma imagem de Santo Antônio e rezou com tanto afinco que pouco tempo depois recebeu do mesmo um bilhete que a mandava procurar um comerciante específico.
No bilhete estava escrito que esse comerciante deveria dar à moça moedas de prata que equivalessem ao peso do papel. A moça então obedeceu, e para a surpresa do homem, foram necessários 400 escudos para atingir o peso específico. O comerciante então lembrou-se que em outra ocasião prometera a Santo Antônio que lhe daria aquele mesmo valor, promessa que nunca cumprira, e por ter realizado essa cobrança, ajudando a jovem a casar-se, Antônio passou a ser considerado o Santo casamenteiro.
No entanto, em outros locais do mundo o dia dos namorados é comemorado em outra data, a exemplo dos Estados Unidos, em que a celebração ocorre em 14 de fevereiro, dia de São Valentim. É justamente por isso que lá tal evento é chamado de “Valentine’s Day”.
Nesse caso, a história nos remete ao ano de 270 d.c, quando o imperador romano Cláudio II proibiu que os jovens casassem, sob a justificativa de que por não possuírem famílias ou esposas, os solteiros seriam melhores soldados. Entretanto, um bispo romano chamado Valentim não concordou com essa decisão e passou a casar em segredo os jovens apaixonados.
Quando a prática foi descoberta pelo imperador, Valentim foi preso e condenado à morte, sendo decapitado no dia 14 de fevereiro do ano de 270 d.c, razão pela qual esse dia passou a ser celebrado em muitos países como o dia dos namorados.
História triste, não é? Mas pensemos na quantidade de histórias felizes que surgiram não apenas dos casamentos celebrados por este Santo, mas também de todos os casais que celebraram posteriormente esse dia tão especial.
Assim, não importa se é em 14 de fevereiro ou 12 de junho, o importante é celebrar esse dia especial com a pessoa amada. E se estiver solteiro, não se acanhe, ame a si mesmo, se presenteie e comemore, afinal, o que vale é o amor celebrado nessa data.
E aí, você sabia?
Amarrada
Dia das mães, tempo de reconhecer o carinho, o amor, o zelo e a dedicação com os quais essas mulheres maravilhosas nos tratam a partir do momento em que descobrem que estão nos carregando em suas barrigas. Na verdade, esse reconhecimento deveria ser diário, mas isso não diminui a importância da data, que é celebrada de diversas formas ao redor do mundo.
Muitos países celebram esse dia no segundo domingo de maio, mas as datas variam conforme a localidade, assim como a forma de sua celebração, e é justamente sobre uma dessas tradições que falaremos hoje nessa seção.
Todos sabemos que no dia das mães temos como costume presentear essas pessoas tão especiais, mas você já imaginou se fosse o contrário? Se fossem as mães que tivessem que presentar outras pessoas? Achou isso um abuso? Então leia o restante e se espante ainda mais.
Essa tradição é realizada na Sérvia, mas não é o fato de ter que presentear outras pessoas que mais espanta, e sim o de que nesse dia as mamães são amarradas. Sim, elas são amarradas pelos filhos, e só podem ser soltas quando dão presentes e doces às crianças.
Ou seja, as mães já trabalham em horário integral, sem direito a férias, décimo terceiro, hora extra, repouso semanal remunerado, e com uma tradição dessas ainda se veem submetidas a um regime de escravidão, onde ainda têm que pagar com presentes para ganhar a liberdade. É ou não é uma tradição absurda?
Mas brincadeiras à parte, antes que vocês fiquem indignados com isso, convém esclarecer duas coisas, uma delas é a de que essa tradição não contém qualquer forma de abuso, mas é vivenciada com todos os participantes se divertindo, inclusive as mamães. E a segunda, bem, a segunda é a de que os papais passam pela mesma coisa, e exatamente no domingo seguinte, o que acaba deixando tudo em pé de igualdade.
Bem, tradição por tradição, eu prefiro a nossa, então no dia das mães, se tivermos que amarrar algo, que seja o pacote do presente que daremos a essas pessoas tão especiais, que merecem nosso reconhecimento não apenas em um, mas em todos os dias do ano.
Um feliz dia das mães, especialmente para a minha, que é a melhor de todas. E tenho dito.
E aí, você sabia?
O que tem a ver?
Que a Páscoa é época de oração e meditação quase todo mundo sabe. Essa data possui um significado especial não apenas para os cristãos, que celebram a morte e ressurreição de Jesus Cristo, mas também para os judeus, que relembram a libertação que DEUS lhes concedeu quando os hebreus eram escravos no Egito.
Mas em uma época que deveria ser de jejum e contemplação, vemos uma figura muitas vezes roubando a cena. Aliás, duas figuras, o famoso coelhinho da Páscoa e o ovo de chocolate. Então alguém pode perguntar, o que têm a ver esses símbolos com uma data tão representativa para os religiosos?
Bem, tantos os ovos como os coelhos representam o nascimento e o renascimento. No que concerne ao parente do Pernalonga, em muitas culturas esse simpático animalzinho é considerado um símbolo de fertilidade, e consequentemente, de nascimento.
Já o ovo é, para muitas culturas, uma representação do renascimento, tendo inclusive sido associado em alguns momentos ao túmulo vazio, já que a casca representaria a vida que deixou o invólucro, o que seria uma forma de associar tal fato à ressurreição de Cristo. Meio forçado? Pois é, cada um com suas teorias. Mas e o chocolate, perguntam os chocólatras, que relação tem?
Nenhuma! Isso mesmo. Tanto o é que os ovos originalmente eram os da boa e velha galinha. Posteriormente, os franceses passaram a recheá-los com chocolate, e como a coisa fez sucesso, com o tempo os ovos inteiros passaram a ser feitos com o doce, até chegarmos nesse costume intensamente disseminado nos dias atuais, chegando ao ponto de, infelizmente, ganhar mais destaque que o real significado dessa data, assim como acontece com um certo velhinho barrigudo que entrega presentes por aí.
Mas independente do coelho, dos ovos e do bom e velho inimigo da balança, o que temos de atentar, sem deixar que se perca de vista, é o real significado de uma data tão especial onde celebramos a maior prova de amor que alguém já nos deu, quando um DEUS que se fez Homem carregou toda a dor do mundo para nos salvar de nossos pecados.
Portanto, antes de dar mais valor ao coelho bonitinho e ao doce que te faz alcançar alguns níveis de satisfação, lembre-se de valorizar a prova de amor mais bonita de todas, e o maior alimento do espírito, esse sim que te deixará satisfeito nos níveis mais altos que possam ser alcançados.
Não esqueça DELE, que em momento algum esqueceu você.
Uma Feliz Páscoa.
Que DEUS vos abençoe.
E aí, você sabia?
A memória delas
Dia da mulher, data para homenagear essas pessoas lindas e maravilhosas que tanto enriquecem nossos dias, e que em muito superam a nós, brucutus do sexo masculino que nos iludimos achando que somos os reis da cocada preta. E é justamente sobre um desses pontos de superação que vamos tratar hoje nesta seção. Algo que aposto que você dificilmente vai esquecer.
Pois bem, que as mulheres são mais inteligentes que nós, homens, não é novidade alguma, mas você sabia que elas possuem uma memória bem melhor que a nossa? Sim, meus caros, é exatamente isso.
Estudos recentes apontaram que a memória delas é consideravelmente mais potente que a nossa, especialmente no que concerne ao armazenamento de detalhes, e que mesmo perdendo capacidade com a chegada da menopausa, em virtude da influência da redução hormonal que ocorre nesse período, ainda assim superam os homens que se encontram na mesma faixa etária, o que explica bem o porque de elas raramente esquecerem quando aprontamos alguma coisa que não gostem, mesmo quando nós, que fizemos a travessura, esqueçamos com o passar do tempo.
Então, meus amigos, tomem muito cuidado antes de deixarem uma mulher irritada, porque, como vimos, elas não esquecem assim tão fácil.
E aí, você sabia?
Lança-Perfume
Que o carnaval é uma das maiores festas do planeta, isso quase todo brasileiro sabe. Variando de região para região dessa imensa terra descoberta por Cabral na época em que os festejos de Momo não tinham chegado ainda para o lado de cá, o evento conquistou diversas feições, dadas de acordo com a cultura e costumes de cada canto do Brasil, mas em todas elas um ingrediente é presença garantida, a animação.
Seja nos blocos de Salvador, nas Escolas de Samba paulistas e cariocas, no frevo e Maracatu de Olinda e Recife ou em qualquer outro lugar, a festança rola solta, com muita animação, euforia, diversão e, claro, excessos. E é sobre um elemento muito usado nesses excessos que vamos falar hoje, queridos foliões, e que levante a mão quem nunca fez uso dele, ou pelo menos sentiu sua fragrância no ar. O velho e conhecido lança-perfume.
Para você, que mentiu dizendo que desconhece (sei, sei...), e para você, que realmente não sabe o que bulhufas é isso, explico. “O” ou “A” lança-perfume, designação que varia dependendo da região onde cada um vive, é uma substância de comercialização e distribuição atualmente proibidas no Brasil, que possui um cheirinho legal, maneiro, agradável, não sendo esse, no entanto, o grande atrativo do negócio.
Para os foliões mais saidinhos, que já chegaram a usar essa coisinha aparentemente inocente, o lança-perfume serve para dar aquele barato legal, aquela sensação de decolagem e flutuação, onde os sentidos ficam momentaneamente anuviados, gerando aquele sorrisinho bobo na cara e causando o inconfundível tinininininininininininim nos ouvidos. Como sei disso? Pesquisas, meu povo, pesquisas.
Mas atualmente quem faz uso desse troço cheiroso está agindo contra a lei (tomem jeito, foliões que insistem no negócio), já que o lança-perfume é composto de cloreto de etila, substância proibida por resolução da ANVISA. Mas nem sempre foi assim.
Surgido no Brasil em 1904, o produto logo ganhou os bailes de carnaval, sendo utilizado principalmente para ser jogado em outras pessoas que estavam na folia, o que não incomodava, já que o cheiro era agradável. No entanto, algum sabidinho logo descobriu o barato que o negócio dava, e passou a inalar o produto, havendo relatos de pessoas que chegavam até mesmo a mistura-lo na bebida para potencializar os efeitos.
Com o tempo, e com os abusos no uso do, ou da lança, passaram a ser registrados casos de óbitos decorrentes dessa inalação, o que acabou levando o presidente Jânio Quadros a proibir o produto no Brasil, que antes disso era livremente comercializado, inclusive com propagandas que evidenciavam o tubo dourado no qual era vendido.
Mas como brasileiro dá um jeito para tudo, especialmente quando envolve malandragem (não, pessoal, isso não é motivo de orgulho, a despeito do que alguns dizem por aí), a lança continuou e continua a ser usada, havendo vez por outra alguma notícia de apreensão do produto, especialmente nos carnavais, dentro ou fora de época.
Pois bem, agora que sabem algumas curiosidades sobre esse produto tão famoso nos antigos, e ainda mencionado nos novos carnavais, escutem o conselho do titio aqui e não usem. É ilícito, é prejudicial, e justamente por isso faz mal. Lembrem-se, meninas e meninos, lugar de perfume é no cangote, para ficar cheiroso para a namorada (sim, sim) ou para o namorado (tô fora), e não para ficar doidão. Juízo.
E não esqueçam, carnaval esse ano é em casa. NÃO AGLOMEREM, CARAMBA!
E aí, você sabia?
Grilo
Ahhhhh, o verão. Tal é o bordão que já se tornou clássico, repetido especialmente nos momentos em que aproveitamos essa tão esperada estação, como quando enfiamos os pés na areia da praia, ou tomamos aquele primeiro gole de uma cerveja bem gelada (vestida de noiva, de preferência) olhando para aquele marzão em um dia de sol e céu azul. Eita, que deu até vontade.
Mas não é todo mundo que gosta dessa estação, especialmente quando são aquelas pessoas que não são muito chegadas a altas temperaturas, que acabam ficando irritadas nos dias em que o calor alcança índices um pouco mais exagerados. E mesmo para aqueles que gostam, existem os riscos que advém desses picos, sendo importante estar constantemente hidratado e antenado na temperatura.
Ah, você não tem um termômetro por aí? Ou se pergunta como saberá qual é a temperatura do momento quando não estiver com um? Bem, qualquer pessoa diria que basta acessar a internet e pesquisar quantos graus está fazendo naquele dia ensolarado, mas aí essa publicação ficaria sem graça e sem propósito, então vamos fingir que estamos em uma época em que a internet e os smartphones não existem ainda. E então, como você faria para medir a temperatura?
Muito simples, ora bolas. Você só vai precisar de um grilo. Sim, isso mesmo, um grilo, e de preferência um que não seja muito tímido para cantar em público. Pois é, internauta, você sabia que pode medir a temperatura calculando o canto desse bichinho saltitante?
Para tanto, deverá contar durante vinte e cinco segundos a quantidade de “cri cris” que o grilo cantará, e depois dividir esse número por três. Ao resultado basta acrescentar o número quatro e... tcham tcham, você terá a temperatura ambiente em graus celsius.
Por exemplo, se em vinte e cinco segundos o grilo cantou quarenta e cinco vezes, você dividirá esse número por três, alcançando o resultado quinze, ao qual você somará o número quatro, descobrindo, portanto, que a temperatura está em dezenove graus. Sensacional, não é? Não? Bem, eu achei.
E isso não é uma mentira contada por este que vos escreve só para ter o que falar na seção de hoje. Não, não, esse é um método cientificamente comprovado, e apesar de existirem várias outras fórmulas, essa é a mais indicada para descobrir a temperatura em graus celsius.
Mas os cientistas avisam que esse cálculo só funcionará se a temperatura estiver acima de doze graus, já que abaixo dessa marca os grilos não cantam, provavelmente porque estarão embaixo de um edredom lendo um bom livro, como qualquer animal normal faz quando o clima está nesse friozinho gostoso. Agora vai lá, faz a experiência e me conta se funcionou mesmo, porque até o momento não encontrei nenhum grilo para testar.
E aí, você sabia?
Tradições
Ano novo, vida nova. Virada chegando e já começam os planos, a escolha da cor da roupa, cada qual com seu significado, e as velhas tradições, como comer uvas, lentilhas, pular ondas e uma variedade de tantas outras, fazendo com que seja necessário um verdadeiro malabarismo para cumprir todas elas.
Ou você acha que é fácil pular ondas enquanto se come uvas e lentilhas ao mesmo tempo em que se beija alguém com a boca cheia e se deseja um feliz ano novo? E isso tudo sem engasgar, cuspir a comida ou ficar ensopado depois de um belo tombo na praia. Ufa!
E por falar em tradição, vamos falar da que puxa todas as demais, ou seja, a própria festa de Réveillon. Como teve início esse evento? Ele sempre existiu? As pessoas sempre celebraram acordadas a passagem dessa data ou o faziam de forma diversa? Bom, para começar, é preciso saber o significado dessa peculiar e já tão familiar palavra... Réveillon.
O termo é uma variação de uma palavra de origem francesa, Réveiller, cujo significado é “acordar”. Lá no idos do século XVII era utilizado para nomear jantares chiques e um tanto que longos, e posteriormente foi adaptado para referir-se à passagem do ano, já que alguns povos acreditam que passar a virada roncando fará com que você durma no ponto o restante do ano, perdendo assim as oportunidades que surgirem, e como diria Beth Carvalho, “camarão que dorme a onda leva”, e você não vai querer isso não é? Então acorda e presta atenção, soneca.
Diretamente ligado a este fato estão os já famosos fogos de artifício. Réveillon sem fogos seria estranho, certo? Pois bem, segundo algumas pessoas, essa tradição foi adotada justamente para acordar os dorminhocos que ficam babando no travesseiro enquanto os outros estão celebrando a chegada do ano novo, assim, eles ficarão bem acordados naquele momento, nem que seja para xingar os vizinhos durante os estampidos.
Agora paro por aqui, porque tenho que escolher a cor da cueca que vou usar no réveillon (discrição é meu ponto forte, como podem ver) e me preparar para a passagem do ano.
Um feliz ano novo a todas e todos, abençoado por DEUS, o que já é o bastante.
E aí, você sabia?
É Natal
É Natal, data feliz, que representa o nascimento de Jesus, época de reconciliação, de celebrar a paz e de reunir a família, mesmo aqueles tios ou tias que sempre perguntam quando você vai casar ou ter filhos. Por isso, trago hoje duas curiosidades sobre essa data tão especial, mágica, e que encanta e enche de alegria os nossos corações.
A primeira delas envolve uma missão ao espaço. Mas o que bulhufas tem a ver uma viagem ao espaço com o natal? Explico. Em 16 de dezembro de 1965 os astronautas Walter M. Schirra Jr. e Thomas P. Stafford, que tinham levado sinos e uma harmônica para a nave Gemini 6 sem notificar o comando da missão, tocaram pela primeira vez no cosmos a famosa música Jingle Bells.
Os astronautas também resolveram fazer uma brincadeira. No momento de voltarem para a terra, anunciaram por rádio que estavam vendo um objeto, algo parecido com um satélite e que provavelmente estava em órbita polar. Ao descreverem o objeto, afirmaram que viam um módulo de comando com oito módulos menores na frente, comandado por um piloto vestindo uma roupa vermelha, e logo em seguida começaram a tocar Jingle Bells.
É claro que quando falavam dos módulos e do piloto, os astronautas descreviam Papai Noel, o trenó e as oito renas que o puxam à frente. Desde então, a música Jingle Bells tem feito parte de todas as missões espaciais.
Outro fato curioso sobre o Natal nos leva à França. Na terra de Júlio Verne faz parte da tradição ir, no dia 25 de dezembro, até a casa de alguém com quem se esteja brigado, para promover a reconciliação com o desafeto. A intenção é excelente, e deveria ser repetida em todo o mundo, traduzindo o verdadeiro espírito de Natal.
Já no Brasil temos uma tradição um pouco contrária, seguida à risca por algumas famílias, que é exatamente a de promover discussões ao invés de reconciliações, especialmente quando o tema “política” surge na história, gerando aquele grande “pega pra capar” que causa mais indigestão que o peru misturado com farofa e doce (sem passas, por favor) com o qual nos entupimos na ceia. Mas paremos por aqui e corramos desse assunto, porque não vale à pena ter rusgas em uma data tão bonita, que representa o nascimento de nosso Salvador.
Por aqui me despeço, correndo em direção à academia para me livrar dos quilinhos ganhos nessa época.
Um Feliz Natal a todos.
E aí, você sabia?
Bocejos
Você já participou da brincadeira da sombra, conhecida também como o ato de imitar tudo o que a outra pessoa fala ou faz? Muito provavelmente já, seja imitando, ou sendo o objeto da imitação.
Mas vou um pouco mais além e pergunto, você já imitou outra pessoa inconscientemente? É quase certo que dirá que não, ou pelo menos que não lembra de tê-lo feito. Pois bem, com certeza você já o fez, e não apenas uma, mas dezenas, centenas, ou mesmo milhares de vezes. É bem provável que já tenha até feito isso hoje, sem que se desse conta. Como? Explico.
Se você já viu alguém bocejando, muito provavelmente bocejou também, e não o fez propositalmente, certo? Claro. E isso porque quem ativou essa reação foi o que os cientistas chamam de neurônios-espelho (e não, eles não são responsáveis pelo modo de agir das pessoas vaidosas, antes que algum gaiato pergunte).
Mas que bicho é esse, de onde vem e o que faz? Bem, os neurônios-espelho são células que gravam nossos comportamentos para basear nossas ações posteriores naquele mesmo ato feito anteriormente, desencadeando um reflexo sempre que presenciamos aquela mesma ação, como, por exemplo, quando bocejamos.
Os neurônios-espelho são bastante ativados naquelas aulas bem, mas bem, mas beeeeeeeeeeem chatas, onde um aluno boceja, seguido de outro, e de mais outro, até que todo o recinto se torne uma verdadeira sinfonia de bocejos, onde nem mesmo o professor consegue escapar.
Mas nem todos os comportamentos ativam os neurônios-espelho, felizmente. Imaginem só presenciar algum descuidado arrotando em público, ou o que é pior, quando essa pessoa deixa fugir algo pelo escapamento que fica localizado mais ao sul, lançado um pouco mais de metano na atmosfera, que pode vir acompanhado de um característico e constrangedor ruído. Complicado, não é? Pois bem, fiquemos só no bocejo então, já que este não ofende nossos narizes.
E aí, você sabia?
Sean Connery
E a curiosidade de hoje é sobre ele, Connery, Sean Connery.
O ator escocês marcou seu nome na história do cinema, lançando-se ao estrelado como o primeiro (e o melhor) 007, e interpretando posteriormente papéis que ficaram marcados no imaginário popular, tendo seu talento reconhecido pela academia ao receber o Oscar de melhor ator coadjuvante pela interpretação do policial Jim Malone, no filme “Os Intocáveis”, de 1987.
Infelizmente Connery nos deixou aos noventa anos, no último dia 30 de outubro, quando faleceu em sua casa nas Bahamas. Porém, felizmente, esse grande ator no deixou uma rica herança com várias e várias obras interpretadas com a genialidade que lhe era característica.
Mas você sabia que antes de ser ator, Connery passou por diversas profissões? E alguns delas não muito comuns. Vejamos então o que andou aprontando Sir Sean Connery antes de tornar-se o famoso artista que guardaremos para sempre em nossos corações.
Antes de tornar-se famoso, o nosso querido Sir serviu a Marinha Britânica, trabalhou como entregador de leite, salva vidas, ficou em terceiro lugar no concurso Mr. Universo (sim, marombeiros, Connery foi halterofilista, e ficou em terceiro lugar em sua categoria, no ano de 1953), polidor de caixões (conseguem imaginar isso?) e pasmem... jogador de futebol.
Isso mesmo, e por pouco o artista do palco não se tornou o artista da bola. Connery era um admirador do futebol, e chegou a jogar por alguns times amadores da Escócia. Um desses jogos foi visto por Matt Busby, que treinou nada menos que a célebre equipe inglesa Manchester United, de 1945 a 1969, e que convidou o jovem Sean para integrar o time quando o ator tinha apenas vinte e um anos.
No entanto, para a sorte de inúmeros fãs espalhados pelo mundo, Connery já tinha começado a aventurar-se nos palcos e acabou recusando o convite, resolvendo dedicar-se à atuação, o que no fim das contas foi um gol de placa maior do que qualquer um que ele provavelmente faria se tivesse seguido carreira nos gramados.
Então, meus caros, se vocês achavam que James Bond era versátil, podem ver agora que o inesquecível Sir que lhe deu vida nas telonas era ainda mais, e seu nome, bem, vocês sabem...
Seu nome é Connery, Sean Connery.
E aí, você sabia?
Galã que causou medo
E ainda tratando do Halloween (do filme e também da festa), trago aqui uma curiosidade que pouca gente sabe. Lembra daquela máscara branca e assustadora que Michael Myers usa nos filmes? Sim, aquela pálida e sem expressão que causa arrepios em quem a vê (aos que não conhecem, deem uma olhadinha no google e se deliciem).
Pois bem, e se eu disser que essa máscara assustadora foi, antes de ser usada no filme, o molde do rosto de um galã das telonas e também das telinhas estadunidenses? Como assim? É sério isso? Sim, pessoas, é sério. A máscara assustadora que causou e ainda causa pesadelos em muita gente foi criada a partir de um molde do rosto de William Shatner, ator que interpretou, tanto na série, como também nos longas do cinema, o famoso Capitão Kirk, de Jornada nas Estrelas.
O fato foi por décadas debatido e a veracidade do mesmo sempre foi objeto de discussão, até que alguns anos atrás a história foi confirmada, havendo inclusive um vídeo em que Tommy Lee Wallace, designer de artefatos do filme original, mostra o passo a passo da transformação do molde do rosto de Shatner na máscara assustadora de Michael Myers.
Agora imaginem só por um instante o Capitão Kirk, dentro da nave Enterprise, correndo atrás dos tripulantes com uma faca na mão enquanto a icônica e perturbadora música tema do filme Halloween mexe com seus nervos a cada acorde tocado. Forcei demais, não foi? Pois é, concordaria com Dr. Spock se ele dissesse que isso não é nada lógico.
Mas agora você vai saber, caso se depare com duas figuras usando fantasias do Capitão Kirk e de Michael Myers em alguma festa de Halloween, que ali há uma ligação, digamos, nada comum.
Então, vida longa e próspera e Happy Halloween.
E aí, você sabia?
Zumbis
O Halloween está se aproximando, então vamos dedicar um tempinho a alguns personagens dessa cultura assustadora no “Você Sabia?” de hoje, e um deles é o famoso zumbi.
De tempos em tempos os fãs das histórias de terror se veem às voltas com uma onda da moda que deixa em evidência algum tipo de monstro já famoso no meio popular. Em determinadas épocas, nos deparamos com lobisomens sendo constantemente citados, em outras, com vampiros, e parece que a bola da vez agora são os famosos mortos-vivos comedores de cérebros (e de todas as outras partes também), popularmente conhecidos como zumbis.
Seriados, livros, revistas, filmes e diversas outras mídias têm retratado essa classe, a exemplo da famosa série “The Walkind Dead” (baseada em uma história em quadrinhos), e diversos outros longas que têm como pano de fundo a invasão dos mortos-vivos.
A popularidade não é de hoje, e a cultura pop já foi dominada por esses nada simpáticos seres nos idos das décadas de oitenta e noventa, quando tivemos um sem número de filmes e histórias retratando o tema, ou vão dizer que nunca ouviram falar de “A Noite dos Mortos-vivos”, ou do fantástico e inesquecível clipe “Thriller”, de Michael Jackson? Mas, e se eu dissesse que a chegada dos zumbis é vista por alguns como uma ameaça real? E olhem que não estou falando dos fãs mais fiéis do gênero, mas com uma classe, digamos, um tanto que mais séria e sisuda.
E se eu dissesse a vocês que o Pentágono, sim, o Pentágono, a famosa sede do Departamento de Defesa da maior potência militar do planeta, os EUA, possui um plano para uma eventual invasão dos defuntos que andam? No mínimo vocês dirão que estou viajando, ou que algum zumbi já passou por aqui e deu algumas mordicadas no meu cérebro (“braaaaains...” Entendedores entenderão).
Não, pessoas, não estou louco, nem fui mordido por um zumbi, e sim, esse plano de defesa é verdadeiro, e é chamado de “CONPLAN 8888”. Mas antes que os fãs dos mortos-vivos se animem achando que as possibilidades de um apocalipse zumbi aumentaram (sim, digo aumentaram mesmo, já que acredito que elas de fato existam), eu aviso logo que o próprio Pentágono, questionado sobre o fato, emitiu uma nota afirmando que o documento foi criado apenas para fins de treinamento dos ingressantes no Comando Estratégico dos EUA, entre os anos de 2009 e 2010.
Portanto, apesar de ser uma curiosidade interessantíssima, ao que parece não estamos às voltas com a iminência de um apocalipse zumbi (será? Vai saber).
Mas não se espantem se algum dia acordarem por aí e virem alguns carinhas estranhos andando de maneira engraçada por aí e dizendo... “braaaaaaaains”.
E aí, você sabia?
Epidemia de dança
Você, que está lendo esse breve texto nesse momento, é uma pessoa que gosta de dançar? Curte balançar o esqueleto assim que ouve a primeira nota musical ecoando pelo ar? Vai à balada e sacode o corpo até não poder mais, embalado pela sensação única de bailar, e bailar até a exaustão? Então você faz parte do enorme conjunto de pessoas que ama essa arte, essa expressão cultural, esse meio de diversão chamado dança, tão frenético, tão alucinante, tão... contagiante.
E falando em contagiante, imagine, só por um momento, se existisse uma epidemia que fizesse as pessoas dançarem. Isso mesmo, pense por um instante que está em casa e, do nada, sem motivo algum, e até mesmo sem qualquer música circulando no ambiente, você e todos os demais se pusessem a dançar até ficarem exaustos. A ideia parece absurda, não é? Mas o que seria essa seção se não fossem os absurdos para serem citados como curiosidades?
Pois é, pessoas, a ideia de uma epidemia de dança, por mais absurda que pareça, não é uma obra de ficção, mas realmente aconteceu, e o lugar onde se deu esse peculiar evento foi Estrasburgo, uma cidade do Sacro Império Romano Germânico situada na França. Naquele local, no ano de 1518, pessoas começaram a dançar do nada, mesmo sem música, e o faziam sem qualquer razão plausível, chegando a fazer aquilo até a exaustão, o que acabou por matar inúmeros cidadãos daquela localidade. Ou seja, o povo morreu de tanto dançar.
Sim, senhoras e senhores, as pessoas dançavam do nada (não, não era flash mob), e balançavam o esqueleto até que não restassem mais forças, algo que se repetiu não apenas por dias ou semanas, mas até mesmo por meses, o que fez com que as autoridades chegassem ao ponto de determinar que as corporações de trabalhadores proibissem seus membros de dançar, estabelecendo também que seus familiares ficassem em casa, sob pena de multa. Isso mesmo, a dança se tornou proibida na cidade, e não estamos falando de Footloose (entendedores entenderão).
Os acometidos dessa estranha epidemia chegaram a ser levados em peregrinação até o santuário de Sant Guy, que também é considerado o padroeiro dos dançarinos, na tentativa de acabar com aquela situação, e posteriormente esse estranho efeito, tão rapidamente quanto surgiu, acabou sumindo, deixando, porém, um rastro de morte no local.
Até hoje o estranho episódio nunca foi esclarecido pela ciência, e várias hipóteses foram levantadas com o passar dos séculos, citando-se, dentre elas, o Ergotismo, uma intoxicação alimentar que leva as pessoas a passarem por delírios e convulsões. Outra possibilidade indicada é a “Doença de Saint Guy”, descrita pelo médico inglês Thomas Sydenham, no século XVII, como um mal psíquico que causa convulsões e movimentos involuntários.
Por fim, cogitou-se também a hipótese da doença de Huntington, descoberta em 1872 pelo médico americano George Huntington, uma mazela hereditária e incurável que causa a degeneração das células nervosas. No entanto, mesmo com as possibilidades cogitadas, os especialistas nunca chegaram a uma decisão unânime, e as causas dessa inusitada epidemia permanecem um mistério.
O certo é que houve sim uma febre da dança, que do nada surgiu e do nada desapareceu, assim como continua a existir um sentimento quente e crescente, que leva as pessoas a dançarem por aí, sem, no entanto, perderem as forças e acabarem morrendo por causa disso, sendo esta sim uma febre benéfica que traz apenas alegria e diversão àqueles que por ela são acometidos.
E aí, você sabia?
Semelhança
É bem provável que quem é nordestino ou habitante dessa linda região já tenha ouvido ao menos uma vez na vida a expressão “cagado e cuspido”, usada para indicar que uma pessoa é fisicamente muito semelhante a outro alguém.
Em virtude de sua peculiaridade, a expressão levanta várias dúvidas, dentre elas a que tenta explicar porque uma pessoa parecida com outra seria sua versão cagada e cuspida. Mas o que tem a ver, senhoras e senhores, as fezes e a saliva com a semelhança física entre indivíduos?
Bem, a explicação reside em uma mudança na expressão, em uma adaptação para esse idioma maravilho que é o “nordestinês”, cheio de peculiaridades e regras gramaticais próprias, a exemplo do bom e velho “oxe”, utilizado para várias finalidades.
Pois bem, a expressão original, que veio lá dos idos de não sei quando, e que é usada para indicar a já citada semelhança era “em carrara esculpido”. Ainda sem entender o que tem a ver uma coisa com a outra? Explico. Carrara é um tipo de mármore, material bastante utilizado em esculturas, especialmente aquelas estátuas criadas para retratar pessoas.
Por causa disso a expressão é utilizada, já que uma pessoa muito parecida com outra podia ser associada a uma representação dela esculpida como uma estátua de mármore, chegando, portanto, ao termo “em carrara esculpido”.
Com o tempo, a língua portuguesa adaptou a expressão, passando a usa-la como “encarnado e cuspido”, finalizando com a genial frase usada em alguns locais do nordeste, “cagado e cuspido”.
Portanto, amigo ou amiga ET, que vem de fora desse lindo planeta chamado Nordeste, se você ouvir isso em algum lugar não se ofenda, pois não quer dizer que você foi expelido de alguém por cima ou por baixo, mas pura e simplesmente que se assemelha bastante a alguma outra pessoa.
E aí, você sabia?
Pelo nome
Que os golfinhos, além de encantadores são também animais bastante inteligentes quase todo mundo sabe. Mas e se eu te disser que esses simpáticos bichos são capazes de se chamarem por nomes próprios, como nós, humanos, fazemos? Sim meu caro amigo bípede, não somos os únicos mamíferos que possuem essa capacidade. E você aí, se achando o humano bonzão.
Estudos realizados pela Universidade de Saint Andrews, na Escócia, descobriram que cada golfinho possui o seu próprio nome-assovio, se chamando e se reconhecendo através desses sons específicos que definem cada exemplar do grupo, o que mostra que essa característica não é exclusiva dos humanos.
Não se trata de receber um nome dado pelo ser humano, e que o animal reconhece quando é chamado (como acontece com os felinos), mas sim uma nomenclatura específica dada uns aos outros pelos membros do grupo, o que apenas atesta o nível de inteligência desses animais (maior do que o de muita gente ignorante por aí), fazendo com que a admiração por eles cresça ainda mais.
Então, meus caros, quando estiverem nadando em algum lugar com golfinhos e ouvirem aqueles sons característicos da espécie, tentem decorar alguns. Vai que vocês chamam e eles acabam atendendo. Agora só não me perguntem o que fazer depois que um deles chegar perto.
E aí, você sabia?
Maçã do Amor
Ahh, o amor. Aquela sensação única de não conseguir ficar longe da pessoa, de pensar nela quase todas as horas do dia, de ficar com saudades antes mesmo de encontra-la, já antecipando e temendo o momento em que terá de se despedir. Amor, sentimento de união, de vontade de querer mimar, presentear e encher de carinho e gestos de afeto a cara metade, declarando constantemente que a ama, para que todo o mundo saiba.
Amor é isso, carinho, afeto, entrega de poesias e declarações, tudo permeado pela máxima suavidade que a alma possa oferecer. E quando se fala de amor, muitas vezes lembramos do bom e velho cupido, aquele garotinho com asas, voando por aí e atirando flechas no coração daqueles que ficarão enamorados.
Mas e se eu disser que em se tratando desse sentimento, não era só o cupido que atirava coisas em direção dos apaixonados?
Sim, amáveis pessoas que leem essa curiosidade, atirar coisas um no outro já foi sinal de amor. Não como o amor de mãe, que nos atira aquela sandália marota e pesada, acertando de longe no primeiro arremesso a nós, filhos amados, com uma mira de fazer inveja ao mais bem preparado sniper. Não é desse tipo de sentimento que falo, e para explicar, terei de viajar um pouquinho no tempo, mais precisamente para a Grécia antiga, o berço da democracia, de célebres filósofos e do pensamento lógico. Ou não?
Não entendeu? Explico. Na Grécia antiga, esse reino da filosofia e berço de importantes pensadores, acaso você fosse alvo do amor de alguém, você, de fato, seria alvo do amor desse alguém, mas não de sua admiração e desejo, e sim de suas... maçãs.
E isso porque nesse período da história dessa terra cheia de conhecimento, era costume que as pessoas declarassem seu amor por outra jogando maçãs em sua direção. Sim, sim, é verdade. Agora imaginem uma paquera dessas nos dias atuais. Serenata? Não! Buquês com lindas rosas e emocionantes mensagens? Não mesmo! Cartas com poesias cheias de sentimentos? Esqueça! Tá a fim de alguém, sapeca uma maçã nela que tudo fica resolvido.
Mas podem ficar tranquilos, esse costume, ao menos ao que parece, deixou de ser adotado. Então, da próxima vez que estiver com a pessoa amada, não fique com medo achando que vai levar no meio do rosto essa curiosa maçã do amor, afinal, tido isso ficou no passado.
Será?
E aí, você sabia?
Pais e seus rebentos
A curiosidade da semana se mistura um pouco com os filmes e séries nessa semana tão importante que marca a celebração do dia dos papais, e por isso, a nível de curiosidades, vamos trazer alguns registros de momentos em que pais e filhos ou filhas dividiram o mesmo espaço nas telinhas ou nas telonas.
Comecemos com um filme que emociona e traz algumas lições de perseverança, “À procura da Felicidade”, estrelado pelo já consagrado Will Smith. Essa foi a primeira vez que Will trabalhou no cinema com um de seus filhos, Jaden Smith, que depois ganhou notoriedade na polêmica refilmagem de Karatê Kid (onde se luta Kung Fu, e não Karatê, e onde não temos Daniel-San e Senhor Miyagi, o que leva a conclusão de que não é uma refilmagem, e sim... bem... é, não sei, alguém me explique o que é aquilo).
A dupla mostrou um enorme carisma no filme, e posteriormente Will e Jaden voltaram a dividir a telona em “Depois da Terra”, onde fazem também papel de pai e filho, ou seja, ficou tudo em casa.
E que tal trabalhar junto em um filme não apenas com seu filho, mas também com seu neto? Bem, essa foi uma emoção vivida pelo saudoso e inesquecível Kirk Douglas (falecido recentemente, aos 102 anos de idade), quando atuou com seu filho, o igualmente famoso Michael Douglas, e seu neto, Cameron Douglas, na comédia dramática “Acontece nas Melhores Famílias” (It Runs in The Family) em que faziam os papéis de, adivinhem só, avô, filho e neto. Agora imaginem ter no mesmo filme não apenas um, mas três membros do clã Douglas. Vale a pena ao menos dar uma olhada, não acham?
Trazendo mais um exemplo, apresentamos os famosos Charlie e Martin Sheen. Pai e filho, que carregam um inegável talento nas artes dramáticas, trabalharam juntos não apenas em filmes, mas também em uma das séries que tinha Charlie como ator principal. Na grande tela, dividiram a cena nas películas “Código de Traição”, e “Wall Street – Poder e Cobiça”, em que fizeram papel de pai e filho.
A parceria foi repetida na famosa série de comédia “Two and a Half Men”, que tinha Charlie Sheen como personagem principal. Em um dos episódios, Martin Sheen aparece como o pai de Rose, a vizinha maluca que vive perseguindo Charlie, e que acaba mostrando que possui o mesmo comportamento peculiar da filha quando passa a perseguir a mãe de personagem principal após se apaixonar por ela.
Outro exemplo é o do nosso querido e carismático Sylvester Stallone, que teve a oportunidade de dividir a cena com o pai, e também com o filho, o que fez nos filmes do querido e inesquecível Rocky Balboa.
Apesar de não contracenar diretamente com o pai, Frank Stallone Sr., os dois dividem a tela na cena da luta entre Rocky e Apollo Creed, no primeiro filme da saga, “Rocky” (Rocky, Um Lutador). Se prestarem atenção, verão que o senhor que toca o gongo entre os rounds é justamente o pai do Sly (apelido pelo qual Stallone é conhecido).
Sly também trabalhou com Sage Stallone, no quinto filme da franquia, “Rocky V”, em que pai e filho na vida real também fizeram o papel de... pai e filho. Na película, Sage interpreta Robert Balboa, o único filho de nosso querido lutador, mostrando uma relação de conflitos, mas também de amor entre os personagens.
Infelizmente, Stallone veio a sofrer uma terrível tragédia pessoal em 2012, com a morte de Sage, que faleceu aos trinta e seis anos em decorrência de um ataque cardíaco ocasionado pela aterosclerose, condição da qual era acometido. Os dois chegaram a fazer outro trabalho, desta vez em “Daylight”, lançado em 1996, mas naquela oportunidade não reprisaram os papéis de pai e filho.
E esses são apenas alguns dos inúmeros exemplos em que os papais e suas crianças trabalharam juntos, nos encantando e emocionando com seus talentos, e nos dando a oportunidade de assistir um bom filme ou série, comendo um balde de pipoca ao lado de nossos velhos tão amados.
Então, dê um abraço no seu, e um feliz dia dos pais para todos.
Pica-Pau
Ao escutar esse nome, provavelmente sua memória o remeterá às manhãs ou tardes na frente de uma tv, assistindo um pássaro maluco aprontando as mais diversas peripécias enquanto dava uma sonora e característica risada, que muita gente já tentou imitar. Sim, meus caros, falo do passarinho biruta que desde o início da década de quarenta tem marcado presença na infância de boa parte da população mundial, o Pica-Pau (Woody Woodpecker).
Famoso pelas travessuras e pela inconfundível risada, o Pica-Pau se envolvia nas mais diversas peripécias, e com o passar do tempo ganhou as mais variadas versões, começando como o pássaro inteiramente maluco que era no início, e recebendo roupagens mais suaves, chegando à imagem mais leve que vemos nos desenhos atualmente produzidos. Mas a pergunta é, você sabe como surgiu esse passarinho doido?
Que o Pica-Pau é um pássaro real, muita gente sabe. Essa espécie usa seu bico longo para abrir buracos na madeira das árvores e de lá retirar com sua língua pequenas larvas ou insetos que lhe servirão de alimento. Certo, certo, e o que isso tem a ver com a origem do desenho, além do fato de ser inspirado nessa espécie?
Bem, aí é que está. Uma famosa e interessantíssima versão para a origem do personagem, é que seu criador, Walter Lantz (1899-1994), teve a ideia para criar essa figurinha singular exatamente na sua lua de mel, quando hospedou-se com a esposa Grace Stafford em um chalé no Lago Sherwood. De acordo com essa história, o casal foi atormentado por um Pica-Pau inconveniente que passou a noite bicando o telhado do lugar, e abriu tantos buracos que quando uma chuva teve início diversas goteiras se formaram, acabando de vez com o sossego dos recém-casados.
E teria sido justamente nesse episódio que se baseou a primeira roupagem do Pica-Pau. Para quem talvez não lembre, no início o personagem aparentava de fato ser completamente louco, com feições exageradas e atitudes que mostravam que seu estado mental não era dos melhores, o que lhe dava ares ainda mais engraçados. Há quem diga que essa é a versão mais feia do Pica-Pau, mas em contrapartida, a mais hilária.
E a primeira aparição do nosso amigo guarda semelhanças com o episódio da lua de mel citado acima, já que na história ele aparece repentinamente na casa de outro personagem de Lantz, “Andy o Panda”, bicando todo o telhado do pobre urso e atormentando seu juízo, da mesma forma que supostamente fizera com seu criador no já citado chalé.
A versão, por mais interessante que seja, possui uma imprecisão cronológica, já que o personagem foi criado em 1940, e Lantz casou-se apenas em 1941, o que refuta a história da lua de mel. Mas também nunca foi negada, nem mesmo pelo próprio criador.
A verdade é que, seja em sua versão mais biruta (e a mais engraçada), até a mais leve e cheia de esperteza, o Pica-Pau tem divertido e marcado a infância de diversas gerações, sendo um dos personagens mais famosos e duradouros dos desenhos, e com potencial para continuar por muito, muito tempo, bicando telhados e dando sua risada inconfundível por aí.
E aí, você sabia?
Gente que brilha
Muito se diz por aí que algumas pessoas possuem um quê especial, um diferencial, ou como outros gostam de pontuar, um brilho pessoal. Claro que essa definição é meramente figurativa, não havendo, portanto, como uma pessoa sair por aí literalmente brilhando. Ou será que não?
E se eu dissesse que algumas pessoas podem realmente brilhar? Em determinadas circunstâncias, claro. Você provavelmente diria que estou mentindo, inventando ou exagerando o fato, certo? Pois acredite, caro indivíduo cético, porque o que digo é a mais pura verdade. Mas antes de começar, quero deixar claro que essa curiosidade não tem nenhuma conotação depreciativa, ou mesmo intenção de alguma forma sexualizar a coisa, mas apenas e tão somente de narrar um fato naturalmente interessante.
Feito o esclarecimento, vamos aos fatos. Descobriu-se, com o passar do tempo, que em algumas mulheres que haviam colocado próteses de silicone nos seios, em determinadas circunstâncias, existe a possibilidade dessa parte do corpo emitir uma luminescência, ou, trocando em miúdos, brilhar.
Isso ocorre a depender do tamanho da prótese e da espessura da pele do seio, e o fenômeno pode ser visto quando se coloca outra fonte de luz junto ao local, e apenas no escuro.
Os especialistas explicam que como as bolsas de silicone são feitas de um material transparente, e a prótese acaba criando um espaço entre a pele e o local onde foi introduzida, ao emitir uma fonte de luz junto à localidade haveria a emissão de um brilho, mas apenas nos casos em que o tecido epitelial for menos espesso, e isso não é lorota não, acontece de fato (aposto que quem tem vai testar).
Então, minha amiga e meu amigo (por que não? Homem também bota silicone), se você acha que não possui aquele brilho natural que algumas pessoas têm, sempre há a possibilidade de consultar o cirurgião plástico mais próximo, ou melhor, o mais competente.
E aí, você sabia?
Rock n' Roll
Dia mundial do Rock passando essa semana, e eu não poderia deixar de falar sobre esse gênero musical, o meu preferido, diga-se de passagem, cheio de dinamismo e atitude, que revolucionou a história da música, e o tem feito por mais de seis décadas desde o seu surgimento.
E como um ritmo tão dinâmico e variado como esse não apresentaria nenhuma curiosidade? Improvável, não é? Então, sacode a cabeleira aí galera, e vamos aos fatos curiosos sobre esse vovô radical e super animado que é o Rock and Roll.
A primeira delas é exatamente sobre a data em que é celebrado o dia mundial do Rock, 13 de julho. Pois bem, não há um momento específico no tempo em que se possa indicar o nascimento do Rock and Roll, havendo menção à gravação da música “Rock Around The Clock”, de Bill Haley, em 1954, mas existindo também referências que remontam às primeiras décadas do século passado como indicativos do surgimento deste importante estilo musical.
Justamente por isso o Rock não teve uma data específica a ser celebrada até o dia 13 de julho de 1985, que marca a realização de um dos maiores eventos musicais que esse mundo já viu, e que sacudiu as estruturas do estádio de Wembley e os pilares do planeta, o Live Aid, organizado por Bob Geldof com o intuito de angariar fundos para acabar com a fome na Etiópia.
O evento foi um marco, que contou com a presença do Queen, Mick Jagger, Elton John, Paul McCartney, U2, David Bowie e vários outros artistas, e um destes participantes, o cantor Phil Collins, sugeriu que aquela data ficasse marcada como o dia mundial do rock, celebrado até hoje depois disso. E como poderia ter sido diferente, depois de uma safra de shows como a que aconteceu naquele dia?
Outro fato curioso é sobre sua majestade, o rei do rock. Elvis Presley tornou-se icônico, e é conhecido por uma parcela esmagadora da população mundial, que acostumou-se a ver o cantor com seu talento inigualável, sua cabeleira impecável e seu característico gingado. Mas você sabia que os cabelos pretos de Elvis não eram de fato pretos?
Originalmente o rei era loiro, e só depois começou a pintar os cabelos de preto, o que fez até o fim de sua vida. Há outro fato sobre Elvis Aaron Presley que poucas pessoas sabem. Ele teve um irmão gêmeo. Sim, o famoso cantor teve um gêmeo univitelino natimorto, cujo nome era Jesse Garon Presley. Muitos afirmam que o garoto está enterrado no cemitério de Princeville, mas possui uma lápide em sua honra em Graceland, propriedade de Elvis onde estão sepultados ele e seus pais, Vernon e Gladys.
É também do Rock uma curiosidade não muito agradável, o malfadado “Clube dos 27”. Essa expressão foi cunhada para referir-se à lista de músicos falecidos aos vinte e sete anos, onde os mais famosos estão os que faziam parte deste gênero musical, dentre eles Janis Joplin, Jimmy Hendrix, Jim Morrison, Brian Jones, Kurt Cobain e Amy Winehouse.
Há uma curiosidade que permeia a morte de um dos membros dessa lista, Jim Morrison, vocalista de uma das maiores bandas de rock de todos os tempos (e a favorita deste que vos escreve), The Doors. Jim foi encontrado morto na madrugada do dia 03 de julho de 1971 (ao menos é o que dizem), enquanto morava em Paris, e foi enterrado no cemitério Père-Lachaise, onde, dentre outras personalidades, estão também sepultados Oscar Wilde e Chopin.
Mas há quem duvide da morte de Morrison, especialmente em virtude da demora na divulgação do ocorrido, das incertezas em torno do episódio (Jim estava vivendo sozinho em Paris com sua namorada Pamela Courson, e não foram fornecidos na época relatos precisos sobre as causas da morte, que até hoje não é certa), e da imprevisibilidade no comportamento do vocalista, que inspirava-se em ícones da literatura, tais como Arthur Rimbaud, escritor francês que cansou da fama e isolou-se na África como traficante de armas.
Em virtude disso, alguns fãs criaram a teoria de que Jim teria seguido o exemplo de Rimbaud, forjado a própria morte e desistido de tudo por estar cansado demais da fama e das futilidades que ela trazia. Mas claro, isso é apenas uma teoria. Ou não?
E a expressão “Rock n’ Roll”, que dá nome ao gênero, você sabe o que significa? Existem várias explicações, mas uma das mais aceitas é que o termo quer dizer “balançar e rolar”, o que tanto pode ter uma conotação de dança, ou algo mais provocante, como fazer sexo. A verdade é que ambas se identificam muito bem com esse ritmo contagiante e provocativo, que surgiu deixando muitos puritanos e caretas de cabelo em pé.
E para encerrar as curiosidades de hoje, você sabia que o rock viajou para o espaço? Sim, é verdade. Em 1977 a NASA enviou ao cosmos duas espaçonaves nomeadas de Voyager, cada uma levando um disco de ouro com várias gravações contendo informações sobre a raça humana e o planeta terra, e entre elas estava a icônica música “Johnny B. Good”, de Chuck Berry, um dos maiores expoentes do Rock and Roll, e um dos pioneiros do ritmo.
Essas são apenas algumas das inúmeras curiosidades que cercam a vida desse vovô radical e cheio de entusiasmo chamado Rock and Roll. Agora dá licença, que vou ali sapecar a minha playlist com os melhores do Rock.
E aí, você sabia?
Bueller... Bueller... Bueller.
E já que comecei a falar de “Curtindo a Vida Adoidado” lá na seção de “impressões sobre livros e filmes” (deem uma checada lá), não é agora que vou parar, afinal, posso me incluir na turma dos grandes fãs dessa obra, que é daqueles que já assistiu tantas vezes que chegou a gastar a fita (sim garotada, o titio aqui é da época do VHS).
Esse filme, que além de ótimo é também inovador, apresenta várias curiosidades, que vão desde a quebra da quarta parede, até um casamento que ocorreu entre membros do elenco. Então segura aí e vamos lá.
Como dito acima, uma das grandes características de Curtindo a Vida Adoidado é a “quebra da quarta parede”, expediente em que os atores falam diretamente com a plateia, o que não é nada comum nos filmes. Durante a história, Ferris faz uso desse recurso por diversas vezes, seja para falar sobre coisas banais, seja para falar sobre seus planos, pontos de vista e até mesmo as características dos demais personagens.
A quebra da quarta parede tem sido bastante utilizada recentemente, podendo ser vista constantemente nos filmes do anti-herói Deadpool, que inclusive faz uma maravilhosa homenagem a Curtindo a Vida Adoidado (não vou dar spoilers).
Outro recurso cinematográfico utilizado na época, e que também tem sido bastante usado recentemente, especialmente nos filmes de super-heróis, é a chamada “cena pós-crédito”, aquela que surge repentinamente depois que as letrinhas começam a subir, fazendo com que os apressadinhos que estão saindo da sala do cinema voltem correndo para ver do que se trata.
No filme, quando você pensa que a história chegou ao fim, eis que surge Ferris para mais uma vez quebrar a quarta parede e conversar diretamente com você, espectador. O que ele fala? Claro que não vou contar. Se ainda não assistiu esse clássico, também não vou dar spoiler. Tá curioso? Vá lá e assistia, ora bolas.
Outra grande curiosidade sobre o filme é que o ator Lyman Ward, e a atriz Cindy Pickett, que interpretam Tom e Katie Bueller, os pais de Ferris, acabaram se relacionando nas gravações, e realmente chegaram a se casar na vida real. O casal posteriormente se divorciou, mas continuam grandes amigos.
Um dos itens de maior destaque do filme é a famosa Ferrari 250 GT, produzida no ano de 1961, carro que pertence na história ao pai de Cameron. É graças a esse veículo que Ferris e os amigos saem por aí, e acabam se metendo em uma enrascada no final do filme.
Pois bem, o carro usado no filme não é de fato uma Ferrari, mas um “Modena Spyder California”, uma réplica feita nos EUA para ser utilizada nas gravações externas pelo diretor John Hughes, e ficou tão parecida com a original que fãs da escuderia italiana chegaram a escrever para a produção, revoltados pelo fato de que aquele modelo de Ferrari, que contava com pouco mais de cem unidades no mundo, tivesse sido destruído nas filmagens.
Há também uma participação especial no filme, de um jovem e ainda não tão famoso ator conhecido como Charlie Sheen. Sim, o polêmico Sheen faz uma ponta como um jovem drogado que foi preso, e que fica na delegacia ao lado de Jeanie, irmã de Ferris, quando esta é presa sob a acusação de chamar a polícia sem motivo.
Apesar de ser um jovem delinquente, o rapaz acaba dando uma de psicólogo para Jeanie, ajudando-a a entender a raiva que sente de Ferris. Para ficar com as olheiras com as quais o personagem aparece, Charlie Sheen não usou maquiagem, mas ficou quarenta e oito horas, sim, meus caros, quarenta e oito horas seguidas sem dormir para aparecer com uma expressão naturalmente abatida.
Por fim, não podemos esquecer o querido Professor de economia que aparece no início do filme em uma aula para lá de chata, onde Ferris deveria estar presente. A curiosidade aqui é que Ben Stein, que interpreta o mestre nesta cena, não era de fato um ator, mas um, pasmem, professor de economia! Sim, Stein foi chamado por Hughes para fazer o papel, que acabou mudando sua vida, como faz questão de destacar até hoje.
É nesse ponto do filme que vemos uma das falas mais engraçadas e extremamente monótonas da película, quando o professor fica repetindo, durante a chamada, o sobrenome de Ferris. “Bueller... Bueller... Bueller”, claro, sem receber resposta alguma, já que o garoto estava na rua matando aula.
Essas são apenas algumas das inúmeras curiosidades deste filme inesquecível, que marcou gerações e continua ganhando fãs mais de trinta anos após seu lançamento.
E aí, você sabia?
Olha pro céu meu amor...
É São João, meu povo, e nessa época aumenta a vontade de dançar um bom rala bucho, encher esse mesmo bucho de comidas típicas e soltar um sem número de fogos pertinho da fogueira, mas claro, com o devido cuidado, afinal, diversão e machucado não combinam nem um pouco.
É São João, e assim como toda data especial, essa também guarda algumas curiosidades que merecem menção, para que conheçamos melhor essa época tão especial que esperamos o ano todo que chegue novamente.
Nesse período vemos aumentar consideravelmente o números de fogos de artifício sendo utilizados, mas você sabe qual é a raiz dessa prática? Bem, antigamente os fogos eram utilizados na área rural para avisar aos moradores das redondezas que a festa estava começando, e que tratassem de arrastar o pé até o pavilhão para assim ficarem até a hora da saideira. Havia outro expediente que também era usado para dar essa aviso, que era o polêmico balão, hoje em dia proibido em virtude dos inúmeros problemas e graves danos que todos sabem que podem causar.
Também merecem destaque algumas palavras ditas nessa época. Bem, sabemos que a cultura nordestina tem todo um sotaque e dialeto característicos de nosso povo (que é lindo, diga-se de passagem), mas para além de nosso querido “nordestinês”, falamos também um pouco de francês nesse período, devidamente adaptado, é claro.
E isso pode ser visto em alguns comandos dados na boa e velha quadrilha, como os inconfundíveis “anarriê”, “alavantú” e “balancê”. Pois bem, se pesquisarmos o idioma de Napoleão, veremos que “anarriê” é uma adaptação de “en arrière”, que quer dizer “de volta” ou “para trás”, que “alavantú” adapta “en avant tour”, que significa “em frente”, e “balancê” seria nossa versão para “balançoire”, que traduzido quer dizer algo como “balançar” ou “dançar”.
Outro destaque a ser indicado são as boas e velhas bandeirolas, que sempre colorem a decoração das festas juninas. Esse item vem do culto aos santos homenageados nessa época. São João, Santo Antônio e São Pedro. Antigamente, as imagens desses padroeiros eram pregadas em bandeiras e imersas na água, para a realização de um ritual conhecido como “lavagem dos santos”, onde quem se molhasse com o líquido seria purificado, de acordo com a tradição.
Com o tempo as bandeiras diminuíram, mas em algumas decorações ainda podemos ver as imagens dos santos presentes em algumas bandeirolas.
Encerro por aqui, apesar de haverem inúmeras outras curiosidades, porque os fogos já começaram a anunciar o arrasta pé no salão, e o canto manhoso da sanfona já me chama pra matar a saudade dessa época gostosa.
E aí, você sabia?
Chapeuzinho Vermelho
“Pela estrada afora, eu vou tão sozinha, levar esses doces para a vovozinha”. Quem nunca ouviu esse trecho da música cantada pela inocente chapeuzinho vermelho enquanto adentrava no bosque para levar guloseimas para sua vovó adoentada?
Nesse conto tão narrado pelas mamães nos momentos em que vão pacientemente colocar a pirralhada para dormir e assim terem um pouco de paz (digam que estou mentindo, digam), a jovem chapeuzinho depara-se com um lobo que comeu sua vovó e que quer comê-la também.
Na história, chapeuzinho é salva por um caçador, que acaba matando o lobo e retirando de sua barriga a vovó intacta, mostrando que tudo o que te ensinaram na escola sobre o sistema digestivo é mentira.
Mas e se eu disser a vocês que nem sempre esse conto de fadas teve um final feliz? E se eu disser que ele já teve um desfecho digno das histórias de Hannibal Lecter?
Pois é. Nas histórias originais o que de fato acontecia, pasmem, era que o lobo matava a vovó, cozinhava a velhinha e dava para chapeuzinho comer sem saber o que era aquela refeição. E depois? Bem, o lobo comia a chapeuzinho e ia embora de barriga cheia. Antes de continuar vou dar um tempinho para que vocês respirem e assimilem a informação.
Relaxaram? Então voltemos. O conto original era narrado como uma espécie de aviso feito pelos pais que tinham de deixar os filhos em casa para poderem trabalhar, alertando os pimpolhos para que não se aventurassem por aí, especialmente bosque adentro. Agora imagine aí uma criança ouvindo isso antes de dormir. Pesadelos na certa.
Com o passar do tempo a história ganhou outras roupagens, acrescentadas de acordo com o contexto histórico e cultural de cada época, e a versão que provavelmente vocês ouviram nas camas antes de dormir foi elaborada pelos célebres “Irmãos Grimm”, responsáveis por boa parte dos contos de fadas que crescemos ouvindo.
Felizmente, hoje em dia temos um final feliz para chapeuzinho e sua vovozinha, que acabaram saindo intactas das garras do lobo guloso e sem vergonha.
E assim, eles foram felizes para sempre.
E aí, você sabia?
Curiosidades no tempo
E aproveitando os trinta e cinco anos do filme De Volta Para o Futuro, tá chegando um “e aí, você sabia?” a bordo de uma DeLorean, vindo diretamente de 1985 para vocês.
Essa semana o famoso filme em que Marty Mcfly viaja no tempo e se envolve em várias aventuras completou trinta e cinco anos, e não daria pra deixar e lado essa obra esplêndida de ficção, especialmente em virtude das inúmeras curiosidades que permeiam a produção e realização dessa película maravilhosa. Então, vamos a algumas delas.
Inicialmente a ideia dos produtores era utilizar uma geladeira como máquina do tempo. Sim, meus caros, uma geladeira ao invés do famoso DeLorean. Mas a ideia logo foi abandonada por uma preocupação peculiar, qual seja, o medo de que as crianças que assistissem ao filme acabassem se aventurando em suas brincadeiras e entrando nas geladeiras para ver no que dava.
Abandonando essa ideia, os produtores acabaram elegendo o DeLorean DMC-12, um veículo inovador com carroceria de aço lançado pela fábrica DeLorean Motor Company, do francês John Zachary DeLorean. O resultado? Deu certíssimo, e apesar de a fábrica ter fechado anos depois, o carro até hoje é um dos mais admirados por fãs de ficção científica.
Michael J. Fox sempre esteve escalado para interpretar Marty Mcfly, mas em virtude de problemas com a agenda, decorrentes da gravação da sitcom de comédia da qual participava, o papel teve de ser dado a Eric Stoltz, outro famoso ator estadunidense. Diversas cenas foram filmadas com Stoltz, mas o diretor Robert Zemechis e os produtores não gostaram do resultado, e acharam que a interpretação dava um ar muito sério ao filme.
Depois de cinco semanas Stoltz foi demitido, e Michael J. Fox foi contratado, imortalizando o jovem Marty Mcfly nos cinemas. Recentemente os estúdios liberaram algumas cenas de Stoltz, e quem se interessar pode conferi-las no youtube.
Outra curiosidade é a inesquecível homenagem feita a duas das maiores franquias da história do cinema, Star Wars e Star Trek. Ao descobrir que o pai é fã de ficção científica e até mesmo escreve histórias dos gênero, Marty acaba tendo uma ideia para convence-lo a convidar a versão mais jovem de sua mãe, Lorraine, para o baile da escola.
Marty então pega a roupa de proteção contra radiação que estava no DeLorean e aparece repentinamente no quarto de George Mcfly, identificando-se como Darth Vader do planeta Volcano, e dizendo ao pai que caso ele não vá ao baile terá seu cérebro derretido.
A divertida cena presta homenagem a Star Wars, em virtude da máscara que é usada para tentar imitar a respiração de Darth Vader, bem como a própria identificação do personagem, uma vez que Marty alega ser Vader em pessoa, e homenageia também Star Trek, ao citar o planeta Volcano, lar do Dr. Spock, imediato da nave Enterprise, além de fazer o gesto de saudação dos Volcanos.
Além destas, existem diversas outras curiosidades sobre o filme e sua produção, mas são tantas que se eu começasse a falar delas precisaria de uma máquina do tempo para cumprir alguns compromissos, e como não tenho um DeLorean DMC-12 com essas características, vou deixar para falar sobre essas peculiaridades em outra ocasião.
E aí, você sabia?
Sempre cabe mais um...
Já ouviu aquele ditado sobre o coração de mãe, o que diz que sempre cabe mais um? Bem, que isso é verdade todo mundo sabe, mas já imaginou a possibilidade de uma mulher ter nada mais, nada menos que sessenta e nove filhos durante a vida, e todos nascidos dela? Ficção? Invenção? Lorota? Não meus caros, essa heroína de fato existiu, e viveu na Rússia no século XVIII. O nome dessa senhora tão resistente? Valentina Vassilyeva.
Mas não é só o número de filhos que chama atenção. Essa resistente mamãe, cujo recorde está registrado no Guinness Book, teve somente dezesseis pares de gêmeos, sete gestações de trigêmeos e quatro gestações de quadrigêmeos. Agora imagina a cabeça dessa senhora para reconhecer essa gurizada toda. Aliás, imagina a paciência para criar esse povo todo. Haja disposição. Tá certo que a Rússia é o maior país do mundo, mas precisava povoar o território desse jeito?
Outra marca dessa heroína é que ela teve nada menos que vinte e sete partos. A história é tão interessante que vários cientistas já se reuniram para analisar a possibilidade de isso ter acontecido, e alguns deles acharam difícil a história ser realidade. Entretanto, o fato é corroborado por diversas provas de cunho histórico, estando, conforme já indicado acima, entre os recordes registrados no Guinness Book, livro mundialmente reconhecido e que pesquisa de forma pormenorizada todas as informações antes de incluir uma marca em seus registros.
Uma coisa é certa, em se tratando de Valentina Vassilyeva e do seu coração de mãe, pode-se afirmar com certeza que sim, sempre cabia mais um.
E aí, você sabia?
Vida na vida
Tem gente que adora se achar o centro das atenções, que acha que tudo gira em torno delas, e que possuem um ego tão grande que pode ser comparado ao tamanho de um planeta. Ou vão me dizer que não conhecem ninguém que possuem um complexo de Narciso elevado à enésima potência?
Então me pergunto o que essas pessoas achariam se soubessem que de fato são o centro das atenções de muitas, mas muitas espécies de vida? Se soubessem que são verdadeiros “planetas ambulantes” que abrigam diversos seres? Bem, isso é verdade.
Para quem não sabe, existem mais formas de vida vivendo na pele de cada um de nós do que humanos vivendo na terra. Sim, isso mesmo. Dê uma olhadinha na sua cútis e imagine inúmeras comunidades vivendo aí, passeando, tratando de seus próprios assuntos, se alimentando, circulando, enfim, sobrevivendo. Sim, é a mais pura verdade.
Então, meus jovens, da próxima vez que se sentirem sozinhos e abandonados, lembrem-se que todas essas espécies vivem em você, e aproveite pra bater um papinho com elas. Se não receber uma resposta de volta, ao menos ajudará a passar o tempo e o tédio.
E aí, você sabia?
Incitatus, o senador
Você já se imaginou chegando a uma cabine de votação no dia das eleições, e ao teclar determinado número na urna eletrônica aparecer um cavalo como candidato a senador? Sim, isso mesmo, um cavalo.
Claro que isso é impossível, mas a ocupação de um posto público por parte de um cavalo já chegou a acontecer no reinado de Caio Júlio César Augusto Germânico, mais conhecido como Calígula, imperador que é bastante lembrado pelas orgias e excessos cometidos em seu curto reinado.
Pois bem, o polêmico Calígula, que era bem chegado a um bacanal e a diversos outros exageros, era também louco (e como era) por seu cavalo, a quem chamava de Incitatus, e que além de ser tratado de forma luxuosa chegou até mesmo a ser nomeado para o Senado romano.
A despeito dos excessos, e de algumas afirmações acerca da sua falta de sanidade, alguns historiadores afirmam que Calígula fez aquilo apenas para afrontar o Senado romano, na tentativa de mostrar a todos que se podia nomear um cavalo para aquele posto, podia também fazer qualquer coisa.
Como era de se esperar, o reinado de Calígula não durou muito (37-41 d.c), e terminou com seu assassinato em uma conspiração formada pelos que estavam cansados de seus excessos e de sua violência. E com isso, o pobre Incitatus perdeu seu dono e seu posto no senado.
E aí, você sabia?
Arte no pódio
Que a arte é algo de imensurável importância é um fato que nem se discute. Imprescindível para nossa formação e enriquecimento intelectual e sentimental, a arte, em suas diversas vertentes, pode representar a história e identidade de diversos povos, criando obras inesquecíveis e de extrema relevância, que agregam sobremaneira às nossas vidas, servindo desde alimento até alicerce das gerações passadas, atuais e vindouras.
Mas você sabia que as artes já fizeram parte das modalidades olímpicas? Sim, meus caros, os jogos olímpicos já abrigaram competições artísticas em diversas vertentes, possuindo categorias de arquitetura, música, escultura e pintura, fato que se repetiu entre os anos de 1912 e 1948. Tal ideia foi implementada pelo criador dos jogos olímpicos modernos, Pierre de Fredy, mais conhecido como o Barão de Coubertin.
Agora imagine você, arquiteto, músico, escultor, escritor ou pintor, que se emociona ao ver a bandeira de seu país sendo hasteada ao som do hino nacional enquanto os atletas estão no pódio para receberem o tão almejado prêmio, imagine que em um passado não tão distante seus colegas de profissão passaram pela mesma emoção em virtude dos projetos criados e escolhidos como os melhores naquelas competições.
Imaginem, fãs, que ao invés de assistirem seus cantores favoritos competindo no The Voice, vocês o fariam nas próprias olimpíadas, com torcidas organizadas e cartazes, onde ao invés de gritos de guerra os torcedores cantariam as canções que estavam no páreo pelas sonhadas medalhas.
Imaginem torcedores entusiasmados gritando coisas como “Vai teatro”, ou “Bora Stephen Kiiiiing” (meu lado fã falando mais alto), ou “olê, olê, olá, olá, o Picasso vem aí, e o bicho vai pegar!”. Legal, não é?
Pois é, mas essas modalidades foram excluídas em 1954, e pela curiosa justificativa de que, naquela época, os artistas eram considerados profissionais, ao passo que os atletas eram amadores. Inusitado, não?
Bem, estando ou não nas olimpíadas uma coisa é certa. As artes sempre mereceram e sempre merecerão um lugar especial em nossas vidas. O lugar mais alto do pódio.
E aí, você sabia?
Chocolate
Passou o dia comendo chocolate, não foi? Lavou a burra e colocou para dentro tudo o que tinha direito, lambeu os dedos e agora está com aquele remorso nada doce de quem sabe que comeu demais o que não devia, não é? Experimenta fazer uma visita amanhã àquela sua velha amiga, de quem você tanto gosta. Sim, ela mesma, a balança. Aposto que vai adorar revê-la.
Mas piadinhas infames à parte, alguém de vossas senhorias sabe a origem do chocolate? Item tão vendido nessa época e responsável por lágrimas torrenciais despejadas pelas pessoas que detestam dietas e academias?
Bem, o chocolate, assim como os pneuzinhos indesejados que ele causa, é algo bem velho, com origens estabelecidas por estudiosos que remetem a 1.500 A.C, e que vêm da civilização Olmeca, que vivia lá pras bandas do México (aiaiai). Posteriormente aproveitado pelos Maias, o cacau passou a ser usado para a elaboração de uma bebida por eles considerada sagrada (não se espantem, conheço gente que é tão louca por chocolate que se brincar considera o negócio como algo sagrado).
Essa bebida era amarga, e costumeiramente temperada com baunilha ou pimenta, então se você não curte aquele chocolate amargo, viver no México naquela época não seria muito legal para você.
Na verdade, para quem gosta de chocolate doce e curte uma viagem no tempo, a pedida seria ir à Europa, para onde os espanhóis levaram o chocolate depois de fazerem miséria com a civilização Maia e acabarem com centenas de anos de avanços e invenções fantásticas (obrigado por nada Hernán Cortés, bem que podia ter ficado em casa).
Os europeus, que pelo visto não curtiam muito o gosto amargo do negócio, passaram a misturar o cacau com leite, o que acabou dando origem ao chocolate, criando essa coisinha doce e gostosa que acabou de aumentar seu peso exponencialmente.
Agora que já sabe de onde vem o chocolate, levanta daí, abre o app de exercícios para fazer em casa (porque já sabe né? Fica em casa!), e bota a camisa pra suar pra queimar as calorias e as nada doces gordurinhas.
E aí, você sabia?
Deu Zebra
Xi, deu zebra! Aposto que você já ouviu isso várias vezes (ou ao menos uma, não negue), quando o assunto era algo que tinha acontecido fora do planejado, que tinha dado errado, ou que não ocorrera cem por cento da forma esperada. Mas já parou para pensar o porque do uso de tal expressão?
Primeiro olhemos a zebra, aquele bichinho curioso, que alguns dizem sofrer de um caso crônico de bipolaridade por não decidir se é branco com listras pretas ou preto com listras brancas . Bem, o que essas simpáticas e peculiares criaturas têm a ver com o fato de que algo foi por água abaixo, que não deu certo, que fedeu, furou ou simplesmente “deu ruim”.
A explicação remete a uma prática bastante adotada em algumas partes do Brasil, e que não é muito famosa pelo respeito à legalidade. O bom e velho jogo do bicho. O entretenimento, nesse caso, é apostar uma quantia em dinheiro em um número que representa um bicho, e dando aquele numeral, ou aquele animal que o representa, o apostador sai vitorioso.
A questão é que deixaram a coitada da zebra de fora do jogo do bicho, e não há número que a represente. Pode?! Então, “dar zebra” nesse tipo de jogo é algo impossível de acontecer, o que passou a ser utilizado, com o tempo, como uma forma de referir-se a resultados improváveis, que fogem ao que foi anteriormente planejado.
Então, da próxima vez que o negócio “der ruim” para o lado de alguém e você sentir a necessidade de sapecar o bom e velho “deu zebra”, ao menos o fará sabendo o porque da expressão, e se for perguntado por alguém sobre a origem do termo, vai saber explicar direitinho, ao invés de responder...
Xi, deu zebra!
E aí, você sabia?
Gravidade
A quarentena está pesada? Já assistiu todos os tipos de filmes e maratonou todas as sérias que tinha na lista de recomendações? A faxina da casa já ficou entediante e você não aguenta mais ver os memes que o pessoal manda pela internet? Então que tal fazer algo de útil para a humanidade e tornar-se a próxima pessoa a revolucionar a ciência?
“Como assim?” Você pergunta, olhando para a porta com um desejo louco de sair correndo por aí e gritando “I´m free! I´m Freeee!”. Esclareço meu amigo e minha amiga quarentenado(a).
Vocês já experimentaram pular do telhado de casa, ou do terceiro andar do prédio onde residem? Não? Ótimo, isso significa que estão com o juízo no lugar, provavelmente porque sabem quais seriam os efeitos desastrosos em tomar esse tipo de atitude, e isso em virtude de uma moça que tem o poder de atrair todo mundo, homens, mulheres, e tudo o que habita nesse pedaço de rocha redondo girando em meio ao espaço, e essa moça é a gravidade.
Bem, a gravidade sempre esteve aí, desde que o mundo é mundo, mas uma teoria sobre a mesma só foi formulada no século XVII, por um tal de Sir Isaac Newton. Lembrou das aulas de física não foi? Deu saudade? Não? Em mim também não deu. Mas enfim, Newton até hoje é reconhecido pelas inúmeras contribuições à ciência, merecendo menção especial a formulação da teoria da gravidade, ou Lei da Gravitação Universal.
E o que isso tem a ver com a quarentena? Bem, tem a ver que essa teoria foi formulada exatamente durante o período de reclusão vivido por Newton em virtude da epidemia de peste bubônica ocorrida na Inglaterra entres os anos de 1665 e 1666.
Vivendo a quarentena da época, Newton dedicou-se aos estudos e pôs em dia suas investigações científicas, e assim, um belo dia viu uma maçã caindo de uma árvore e a partir dali passou a formular a teoria que mudaria os rumos da ciência.
E você aí, comendo pipoca e assistindo Netflix. Que feio.
Então meu povo, até que esse vírus sem vergonha pare de passear por aí vocês podem muito bem usar o tempo livre imposto pela quarentena para, sei lá, mudar a ciência, mudar o mundo, inventar algo novo ou descobrir algo ainda oculto para os olhos dos mais desatentos.
Vão lá, peguem um livro e se transformem no próximo Newton. Garanto que mesmo que não descubram algo revolucionário para a ciência descobrirão ao menos que a cultura é algo importante, e que nunca gera tédio.
Então, Xô tédio. Xô Corona!
E aí, você sabia?
Charlie
Sim, o animal pode ser o melhor amigo do homem, fazer-lhe companhia, ensinar-lhe e também aprender bastante. Quem tem um animal de estimação sabe do amor que sentimos por esses amiguinhos que sempre estão ali, nos momentos fáceis e difíceis, nos ajudando a enfrentar os problemas do dia a dia com um pouco mais de tranquilidade.
É uma pena que boa parte desses animais não viva mais do que o homem, ao menos cronologicamente. No entanto, existem algumas espécies que nos ultrapassam na capacidade cronológica, ou pelo menos se mantêm em pé de igualdade conosco. Agora imagine um bichinho de estimação que viva mais do que você.
Pensou nisso? Ótimo, mas vamos mais longe, imagine um bichinho de estimação que continue vivo, mesmo depois de cinquenta anos da data em eu você foi dessa para uma melhor. E mais, um animal que continue mostrando aos outros que as lições que você deu a ele continuam bem vivas. Exagero imaginar isso? Não mesmo.
Esse bichinho existe, e o nome dele é Charlie, uma arara que pertenceu a ninguém menos que Winston Churchill, o mais célebre primeiro ministro que a Grã-Bretanha já teve, e que desempenhou papel central para a vitória dos aliados contra Hitler na segunda guerra mundial.
Charlie, a arara, tem mais de cem anos, continua vivinho, e o que é melhor, falando as mesmas frases que Sir Winston Churchill lhe ensinou, e a mais célebre e divertida delas é “Fuck the nazis”, “Fuck Hitler”, ou em melhor tradução, “fodam-se os nazistas”, foda-se Hitler”.
Churchill era conhecido por sua ojeriza aos nazistas (e quem tira a razão dele?), bem como por seu temperamento forte, traços estes que permanecem até hoje através do simpático e resistente Charlie. E que bom seria se todos os nossos bichinhos vivessem mais do que nós.
Longa vida a Charlie e longa vida ao legado de Churchill.
E antes que eu esqueça, Fuck the nazis. Fuck Hitler!
E aí, você sabia?
Elas são mais
A curiosidade de hoje, é claro, tinha que ser sobre ela, a dona de nossa admiração, o objeto de nosso respeito (infelizmente nem todos pensam assim), ou, resumindo, aquela que tem um preparo muito maior que nós, machos alfas que gostamos de pensar que somos melhores, quando na verdade não somos.
A propósito, muitos homens se julgam superiores às mulheres única e exclusivamente por uma questão física, que envolve meramente a força bruta. Ledo engano meus senhores, ledo engano, pois até mesmo em determinados aspectos, fisicamente a mulher está à nossa frente.
Por exemplo, nós homens às vezes ficamos confusos com a quantidade de nomes que são dados à mesma cor, como azul bebê, azul piscina, azul isso e azul aquilo, já que em nossa simplicidade de brucutus achamos que o negócio é azul e pronto. Já as mulheres distinguem essas tonalidades, e parecem saber o nome e a especificidade de cada uma delas.
Isso ocorre porque a mulherada possui uma característica definida pela ciência como “tetracromatismo”. “E que bicho é esse?”, você pergunta. Bem, de acordo com os especialistas, a maioria das pessoas possui três cones na visão que possibilitam a percepção da diferença entre as cores. Um que responde à luz com comprimento de ondas longo (como o vermelho), outro que responde à luz com comprimento de ondas médio (como o verde) e um terceiro que responde à luz com comprimento de ondas curto (como o azul).
O cromossomo X carrega dois desses cones que auxiliam na percepção das cores vermelha e verde, e como as mulheres carregam dois cromossomos X, um a mais do que os homens, estariam, portanto, aptas a enxergarem mais tonalidades que nós, pobres brutos. Tal conclusão advém de um estudo realizado em 1993 pelos cientistas Gabriele Jordan, da Universidade de Newcastle, e John Mollon, da Universidade de Cambridge, que prova que as mulheres têm uma vida mais colorida que a nossa. Mas a coisa não para por aí pessoal.
De acordo com estudos, o olfato da mulher também é mais apurado que o nosso, conforme atesta pesquisa realizada na Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, com colaboração do Banco de Cérebros da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP.
O referido estudo analisou 18 cérebros, sendo sete de homens e onze de mulheres, em que a Neurocientista Ana Virgínia Oliveira-Pinto analisou de forma pormenorizada a região cerebral conhecida como bulbo olfatório, responsável pelo processamento de cheiros, odores e aromas, onde foi verificando que existem consideráveis diferenças entre o bulbo olfatório masculino e o feminino.
Na comparação, verificou-se que a mulher tem entre 40% a 50% mais células nessa região do que o homem, e uma média de 16,2 milhões de células totais no bulbo olfatório, em face de uma média de 9,2 milhões apresentadas pelo homem. Além disso, as moças possuem cerca de 6,9 milhões de neurônios no local, e os rapazes cerca de 3,5 milhões.
Agora, meu amigo, pense bem nisso sempre que achar ruim quando sua esposa ou namorada reclamarem do seu futum quando você volta da academia ou de uma partida do seu racha, afinal, o seu cheirinho chega com mais força no nariz dela. Resumindo, vá tomar banho.
Outro ponto interessante é que o corpo caloso, que é a estrutura responsável por fazer o contato entre os hemisférios direito e esquerdo do cérebro é mais desenvolvido nas mulheres, o que faz com que levem vantagem na interpretação de emoções (sim, somos péssimos nisso), e também na fluência verbal, razão pela qual as meninas começam a falar mais cedo que os meninos.
Dito isso, você aí, machão, que se gaba porque é truculento ou porque consegue fazer xixi em pé (sim, tem gente que se acha melhor por isso), pode ir mudando seus conceitos, porque isso não serve de parâmetro para nada.
E aí, você sabia?
Multiverso
Você já esteve em um provador com mais de um espelho, e posicionou um de frente para o outro a ponto de ter sua própria imagem repetida inúmeras vezes a perder de vista? Se fez isso, chegou a imaginar o quão fantástico seria se de fato existissem inúmeras versões de você mesmo espalhadas por aí? E se eu dissesse que existe uma teoria científica que analisa exatamente essa possibilidade?
Pois é, ela existe, e é conhecida como Teoria do Multiverso, segundo a qual o universo seria na verdade dividido em vários universos, tornando-se um multiverso onde todos eles coexistiriam e alguns até se interligariam por meio de buracos de minhoca (Pontes de Einstein-Rosen) ou buracos negros. Complicado? E você queria que um espaço que continua em expansão mesmo após quase catorze bilhões de anos desde o big bang fosse algo simples? Não mesmo.
Outro ponto interessante é que cada universo desse poderia ter as suas próprias leis da física, que tanto poderiam ser iguais, como também diferentes das nossas. Imaginem aí dois corpos ocupando o mesmo lugar no espaço. Alguns cientistas ficariam literalmente malucos.
Apesar de ser considerada ainda uma teoria não científica em razão da ausência de evidências tecnicamente reais, muitos na comunidade científica a levam a sério (e por que não?), e a estudam com afinco, alguns realizando diversos testes para comprovar a sua veracidade, como a busca por provas de colisões do nosso universo com outros universos, o que atestaria que vivemos nesse interessantíssimo lugar chamado de multiverso, cada um como uma bolha espalhada no infinito.
Por um momento, vamos imaginar que isso não seja apenas uma teoria, mas um fato. Não seria legal deparar-se com inúmeras, múltiplas e até mesmo infinitas versões suas espalhadas pelas dimensões entre as dimensões desse infinito que se estende pelo infinito? Será que enquanto escrevo isso, algum outro eu do outro lado do espaço não está fazendo a mesma coisa? Ou compondo uma música? Ou fazendo a barba? Essa seria uma versão que agradaria consideravelmente a minha mãe, acho até que ela aceitaria uma troca.
Quem nunca sonhou em ser gêmeo? Agora pensem em infinitos gêmeos, cada um com suas próprias características, personalidades, talentos diversos e mentalidades diferentes. Imaginem algo que você sempre quis ser, mas nunca teve a aptidão ou a oportunidade para tanto. Pois é, você pode estar sendo nesse exato momento, mas em uma dimensão paralela, conectada ou não com a nossa. Uma viagem, não é?
E o que é o mundo lá fora senão uma viagem sem fim, cheia de novos destinos e descobertas a serem feitas? Essa sim é uma jornada que vale a pena ser realizada.
E aí, você, e suas infinitas versões, sabiam?
Festejos de Momo
Carnaval à toda, blocos nas ruas, foliões ostentando as mais variadas fantasias enquanto pulam, cantam e dançam animados por marchinhas, frevos, maracatus, sambas e as variações da inconfundível música baiana, aproveitando cada dia dos festejos de Momo. Mas alguém sabe quando surgiu essa festa tão multifacetada que é o carnaval?
Estudos indicam que o carnaval teve origem no antigo Egito, sim, de novo eles, os egípcios, eita povinho criativo. Êêêê Faraó! Bem, na terra das pirâmides a festa consistia em rituais pagãos que celebravam o fim do inverno e o início da primavera, a fim de homenagear as divindades na espera por boas colheitas.
Depois por lá aportou um tal de Alexandre o Grande, aquele mesmo, que conquistou o mundo quase todo. O famoso macedônio levou o costume para os gregos que adotaram os festejos, e algum tempo depois a celebração chegou a Roma, que adorava uma boa festa, especialmente se tivesse uma cachacinha com algumas imoralidades no meio.
Mas há também quem diga que a origem na festa se deu na Grécia, algo em torno de 600 e 520 A.C, momento em que os gregos festejavam agradecendo aos deuses pelas colheitas e pela fertilidade do solo.
Independente da origem, o fato é que a folia chegou a Roma, e falando nos romanos, existem duas versões para o uso do termo “carnaval”. Uma delas refere-se ao costume daquele povo de comemorar a festa fazendo uso de algo parecido com os atuais carros alegóricos, onde o pessoal saía livre e desimpedido, dançando peladão, como se não houvesse amanhã. Esses carros tinham o formato de um navio, e eram conhecidos como Carrum Navalis, expressão latina para “carros navais”, palavras que unidas formam a expressão carnaval.
A outra versão, e a mais aceita, é a de que o nome advém da expressão carnem levare, algo como “ficar livre da carne”, ou, para quem prefere algo mais popular, o famoso “libera geral”. Agora me digam, por que será que essa é a versão mais aceita? Lembrando que o carnaval é, em média, uma festa muuuuuuuito comportada.
Há ainda outra hipótese, que seria a de que o nome remete a outra expressão latina, carnis valles, onde carnis significa carne (elementar, meu caro Watson), e vales significa prazeres, ou seja, prazeres da carne.
E com o passar do tempo outros países adotaram a festa, que acabou nos sendo apresentada por nossos colonizadores em um formato um pouco diferente do atual, tendo em vista que os portugueses comemoravam o “Entrudo”, costume que chegou nas terras de cá em 1641, e consistia em uma festa que acontecia três dias antes da Quaresma, onde o povo ocupava os espaços públicos para promover uma verdadeira bagunça, jogando uns nos outros água, farinhas, ovos, lama e até mesmo urina.
Com exceção da urina, vão dizer que nunca fizeram esse tipo de bagunça também?
Enfim, o tempo passou, o carnaval evoluiu e atualmente apresenta o formato que acompanhamos e aproveitamos. Então aproveitem os festejos de Momo e curtam com responsabilidade.
E por favor, não joguem xixi em ninguém. É feio.
E aí, você sabia?
Se preservem
Estamos às portas dos festejos de Momo, popularmente conhecidos como carnaval, tempo de festa, de alegria, de folia e, consequentemente, de sexo, muito sexo, e quando digo muito, é muito mesmo.
Justamente por isso, moças e rapazes que irão se aventurar com novas ou antigas relações, é imprescindível o uso de camisinha, não apenas para evitar que vocês se tornem papais e mamães estressados por causa do bebê que veio antes do que fora planejado, mas principalmente para evitar aquelas letrinhas que arrepiam qualquer um diante de sua mera menção... as DSTs, ou, no colóquio popular, “Doenças Sexualmente Transmissíveis”.
Mas alguém aí já procurou saber a origem daquele invólucro que cobre a amiguinha (sim, existe camisinha feminina, acaso alguém ainda não saiba) ou o amiguinho lá de baixo? Quem responder “fábrica” leva zero, assim como quem não usar preservativo no carnaval!
Mas voltando ao assunto. Quem pensa que a camisinha é um invento recente está bastante enganado. Especula-se que já em 1.300 A.C os egípcios já envolviam o amiguinho com um material feito de linho, pele e outros materiais vegetais. Espertinhos esses egípcios. Aproveitando o carnaval, cantemos... ÊÊÊH Faraó!
E como tudo evolui com o passar do tempo, o mesmo se deu com a camisinha, que na época dos romanos era produzida com intestinos de cordeiro e bexigas de cabra. Eu ouvi alguém dizer “eca”? Falando em romanos, é por causa deles que as mazelas sexuais são nomeadas de doenças venéreas, já que eles acreditavam que isso era um castigo de Vênus, considerada por eles a deusa do amor. Vênus – Venéreas.
Dando alguns pulinhos na história (não pulem o uso da camisinha, por gentileza), nós chegamos a 1564, momento em que um rapaz italiano conhecido como Gabriel Fallopius desenvolveu um saco de linho que além de impedir a disseminação das doenças, evitava a gravidez. Eita que foi aí que o negócio se popularizou.
Já na Inglaterra do século XVII o material feito com intestino de cordeiro passou a ser lubricado com óleo de amêndoas, e em 1700 passou-se a usar intestinos de peixes e outros animais para deixar o preservativo mais fino. Eu ouvi “eca” de novo?
Já em 1843, o preservativo passou a ser fabricado por algumas empresas, e em virtude do alto preço do produto as pessoas o usavam várias vezes. Por favor, não façam isso hoje, já que a camisinha atualmente é feita de látex, e mesmo que não fosse, seria extremamente irresponsável usar a mesma por mais de uma vez.
Hoje em dia a camisinha é fabricada com diversos materiais, tamanhos, cores e até mesmo sabores, tornando-se, a partir do surgimento da AIDS no início da década de 80, um material obrigatório no momento de brincar, como diria Macunaíma.
Então pessoal, se forem “brincar”, na linguagem de Mario de Andrade, façam isso de forma responsável, e sem pressa alguma deem aquela passada na farmácia ou em qualquer outro estabelecimento que venda esse material.
Não há desculpa para deixar de usá-lo, afinal se os antigos usavam sacos de tripa de ovelha e de peixe, por que você não pode usar um preservativo fabricado de forma limpa e moderna? Portanto, se esquecerem o juízo em algum lugar, pelo menos não esqueçam de usar a camisinha.
E aí, você sabia?
Cucaracha
A seção de hoje vai falar sobre aquele bichinho super lindo e agradável, que cativa e encanta a todos que o veem, e que acaba virando objeto de desejo de quase todas as pessoas que se deparam com essa coisinha fofa. A barata.
Sim, senhoras e senhores, la cucaracha. Esse bichinho que é tão temido, causando reações que atingem os mais altos decibéis e provocando verdadeiro pânico em uma boa parcela da população. Na verdade, nunca entendi todo esse medo de um bicho que nada faz de mal com aqueles que com ele se deparam. A barata não morde, não arranha, não envenena, e seu mal é unicamente ser, como alguns diriam, nojenta (o que é curioso, já que na espécie do bicho humano existem exemplares tão nojentos quanto a boa e velha baratinha).
Mas a curiosidade que permeia a existência dessa espécie tão caçada e tão temida é o fato de que, uma vez decapitada, a barata leva semanas para morrer. Sim, semanas! Então, nada de carrasco ou guilhotina, porque o resto do corpo dessa mocinha vai permanecer desfilando por aí durante alguns dias.
Na verdade, não é o ferimento que mata a barata nesse caso, e sim o fato de que ela acaba morrendo de inanição, popularmente conhecida como fome, em virtude da falta de uma boca para sapecar para dentro aquele pedaço de comida que você deixou na cozinha dando mole.
Outro fato curioso é que muitos cientistas indicam que a barata é uma das poucas espécies que seriam capazes de sobreviver a um holocausto nuclear. Sim, isso mesmo, um holocausto nuclear. E você aí, tentando matar a bichinha com inseticida. Iludida.
Por último, é bom destacar que um casal apaixonado de baratas pode gerar até cem mil filhotinhos por ano, enchendo o berçário que é o seu banheiro, a sua despensa, a sua cozinha. Sim, você está livre para dizer “eca!”.
Portanto, apresentadas essas curiosidades eu posso lhes dizer... Desistam! Dificilmente vocês vão conseguir eliminar uma espécie que passa semanas andando por aí decapitada, sobrevive a um holocausto nuclear e ainda consegue gerar mais de cem mil filhotes por ano. Ou seja, a barata é tão insistente quanto aquele pessoal que fica te ligando para oferecer empréstimo ou plano de celular.
E aí, você sabia?
No lugar certo, na hora certa
Sabe aquela história de estar no lugar certo e na hora certa? E aquela outra, de que as coisas acontecem no momento que têm de acontecer? Pois bem, se existe uma pessoa que pode dizer com propriedade essas duas frases, essa pessoa é Harrison Ford.
Hoje em dia, Ford, que atualmente conta com setenta e sete anos, já é figura mais do que conhecida no cinema mundial, tendo participado de inúmeros filmes de sucesso, alguns deles tendo marcado gerações inteiras. Mas nem sempre foi assim. Na década de setenta, Harrison Ford já era um ator veterano, mas que não tinha conseguido ainda um papel de sucesso em nenhum dos filmes de que tinha participado.
As coisas começaram a mudar em 1975, quando um jovem e desconhecido cineasta chamado George Lucas escalou Ford para um papel secundário em uma comédia adolescente chamada “American Graffiti”, em que Harrison fazia apenas uma ponta como um jovem e inconsequente corredor que participava de um “pega” com outro personagem da história.
American Graffiti foi um sucesso de bilheteria, mas Ford continuou no anonimato, e permaneceu fazendo bicos como carpinteiro para pagar as contas. Já o cineasta desconhecido, o tal do George Lucas, aproveitou o sucesso que conseguira e em 1976 pôs em prática algo que vinha planejando havia algum tempo, transformar em realidade uma ópera espacial que havia escrito. O nome da história? Star Wars! Conhecem?
Pois bem, depois de suar muito para conseguir convencer um estúdio a produzir a obra, George começou a escolher o elenco do filme, que contava com três personagens principais, Luke Skywalker, Léia Organa e um contrabandista mercenário e meio cafajeste conhecido como Han Solo.
Iniciados os testes, George Lucas achou por bem usar a ajuda de um ator experiente para fazer as audições com os demais candidatos, apenas como forma de facilitar o desenvolvimento daquele processo, e quem estava trabalhando exatamente como carpinteiro na construção dos cenários do filme? Harrison Ford.
Ford então passou a auxiliar os demais nos testes, fazendo o papel de Han Solo com os outros atores escalados, e o trabalho que fez foi tão bom que no fim foi escolhido para interpretar o personagem no filme, ao lado de Mark Hamill, um jovem e ainda desconhecido ator que encarnaria Luke Skywalker, e da saudosa e talentosa Carrie Fisher, que deu vida à inesquecível Princesa Léia.
Resultado? O primeiro estrondo de bilheteria da história do cinema, um dos maiores filmes de todos os tempos, e a fama instantânea para o trio ainda desconhecido de atores, o que fez com que Ford saísse do anonimato e ficasse mundialmente famoso da noite para o dia.
Mas sabe aquela história de que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar? Bem, isso não se aplicou no caso desse ator. Em 1980, George Lucas se reuniu com um de seus grandes amigos, um tal de Steven Spielberg, para tirar do papel um personagem que Lucas havia criado, um corajoso arqueólogo que se metia em diversas aventuras para encontrar históricos objetos perdidos. Um carinha conhecido como Indiana Jones.
E quem faria o papel do Dr. Jones? Aquele era um mistério tão grande quanto os que o personagem se deparava nos filmes. A princípio Spielberg sugeriu que Harrison Ford fosse escolhido para interpretar o arqueólogo, mas George Lucas se recusou, alegando que já tinham trabalhado em dois filmes, e que não queria que eles ficassem marcados como um diretor e um ator que sempre trabalhavam juntos.
Além disso, a sequência de Star Wars, O Episódio V, “O Império Contra-Ataca”, tinha sido lançada naquele mesmo ano, com Ford voltando no papel de Han Solo, o que apenas reforçava a ideia de Lucas.
Desta forma, diversas audições foram feitas com vários atores, e um deles chamou a atenção de todos, Tom Selleck. Com Selleck praticamente escolhido para o papel as negociações tiveram início, mas um obstáculo apareceu.
O ator estava interpretando o papel de um detetive em uma famosa série policial conhecida como Magnum P.I., e o produtor do seriado recusou-se a libera-lo para fazer o filme. Resultado? Chama o Ford que ele dá um jeito. E assim foi feito. Harrison interpretou Indiana Jones, e a conclusão da história foi um papel que alavancou ainda mais a carreira do ator, consolidando uma fama que já dura décadas.
O raio caiu pela segunda vez no mesmo lugar.
De lá para cá foram inúmeros filmes, com personagens de sucesso que marcaram a história do cinema, tais como Rick Deckard, em “Blade Runner”, Richard Kimble, em “O Fugitivo”, John Book, em “A Testemunha”, Jack Ryan, em “Jogos Patrióticos” e “Perigo Real e Imediato”, e até mesmo James Marshall, um peitudo Presidente dos EUA que encara terroristas que sequestram o avião presidencial, em “Força Aérea Um”.
Ford também seguiu o exemplo de Han Solo e tornou-se um renomado piloto de aeronaves, chegando a participar de resgates e sobrevivendo, em 2015, a uma queda de um avião que pilotava. E continua atuando desde então, aproveitando a cada ano aquela oportunidade que apareceu há mais de quarenta anos atrás, quando estava no lugar certo e na hora certa.
E aí, você sabia?
Cheirinho bom
Cheirinho bom é uma maravilha, certo? E ninguém quer ficar com aquele futum capaz de espantar uma multidão em um piscar de olhos, não é? Exato, quer dizer, em algumas culturas. Mas como estamos falando da nossa, então a resposta continua sendo sim, especialmente quando envolve evitar aquele odor nada agradável popularmente conhecido como “c.c ou cecê”, sigla cujo significado é “cheiro de corpo”, usada para referir-se à famosa “sovaqueira” (nome que particularmente acho tão ruim quanto o cheiro da coisa).
Pois bem, hoje em dia contamos com um forte aliado para combater o famoso “c.c”, que é o nosso amigo em spray, creme ou rolinho, com diversos formatos e aromas, e com preços cada vez mais salgados, o desodorante.
Acessível até dizer basta, podendo ser encontrado em supermercados, farmácias, lojas de conveniência e vez por outra até no stand daquele tio que vende de tudo na beira da praia, o desodorante tem sido utilizado pela maior parte da população. Mas quando essa maravilha salvadora das narinas alheias foi criada?
Bem, se falarmos no formato e fórmula semelhante aos utilizados na atualidade, o primeiro desodorante foi criado no ano de 1888, e tinha o nome de “Mum” (mamãe em inglês, a mesma mamãe que sempre mandou você tomar banho porque muito provavelmente estava com c.c). Posteriormente, em 1903, foi criado o “Everdry” (sempre seco, em tradução livre), que é considerado o primeiro desodorante de solução aquosa capaz de evitar a transpiração do corpo.
Mas isso quer dizer que antes disso não havia nada para passar no sovaco e evitar a produção daquela arma química capaz de obliterar namoros e amizades? É por isso que naquela época a expectativa de vida era tão baixa? Não! Quer dizer, mais ou menos.
Antes da invenção do desodorante cada povo tinha sua própria receita para espantar o mau cheiro que vinha das axilas, e que é produzido por microrganismos que se alimentam de lipídios, proteínas e carboidratos liberados pelo suor produzido pelas glândulas apócrinas. Viu que isso aqui também é cultura?
Mas voltando ao assunto, cada povo tinha sua própria receita, e nesse ponto podemos citar os romanos, que usavam pequenas almofadas embaixo dos braços, o que não me parece uma solução lá muito prática. Já os egípcios usavam gorduras, sabões aromáticos e óleos, o que me parece um pouco mais sensato, havendo até quem atribua aos gregos o uso de depilação para evitar o mau cheiro. Bem, enquanto o desodorante não era inventado, cada um buscava dar seu próprio jeito, se virando da melhor forma possível, para não virar os olhos de desagrado por causa do cheirinho exalado.
E como hoje em dia contamos com esse expediente, que tal colaborar com a limpeza do meio ambiente evitando que o “c.c” se espalhe por essa atmosfera tão sofrida? E por favor, façam uso de produtos sem CFC (clorofluorcarbono), supondo que algum desodorante ainda seja fabricado com esse componente prejudicial à camada de ozônio. A natureza e o olfato agradecem.
E aí, você sabia?
Essa dura
A conta de luz está cara, não é? E você, cidadão responsável, com consciência financeira e ambiental sempre dá aquela pesquisada quando vai comprar lâmpadas para sua casa, checando a durabilidade e o consumo destes dispositivos que se tornaram essenciais com o passar do tempo, optando sempre por escolher as que durem mais e gastem menos, como as de LED, correto?
Agora imagine uma lâmpada que dure meses. Aliás, imagine uma que dure anos. Ficou impressionado? E que tal uma que dure décadas? Assim fica difícil de acreditar, não é? E se eu lhe disser que existe uma lâmpada que permanece acesa há quase cento e vinte anos, você vai me chamar de louco ou mentiroso, não vai?
Pois acredite, esse dispositivo existe, e já entrou para o Guinness Book, o Livro dos Recordes, como o foco de luz elétrico aceso há mais tempo na história.
Trata-se da célebre “Lâmpada Centenária” (Centennial Bulb), que fica em uma unidade de bombeiros na cidade de Livermore, Califórnia, e foi instalada em 1901 por aqueles profissionais, que queriam manter seus alojamentos constantemente iluminados para atender aos chamados com maior precisão.
A lâmpada em destaque foi fabricada à mão em 1897 por uma empresa, e doada por um empresário daquela localidade. A empresa em destaque, a “Shelby Eletronic Company” foi fundada por ninguém menos que Adolphe Chaillet, e antes que vocês me perguntem quem foi esse cidadão, digo apenas que era um dos rivais do famoso inventor Thomas Edison, somente.
Pois bem, em todo esse tempo, desde que foi instalada, a lâmpada só deixou de funcionar por vinte e dois minutos, e não por ter falhado, mas em virtude de uma operação de traslado que foi realizada em 1976, quando os bombeiros tiveram de mudar para outra sede.
Dentre as explicações para toda essa durabilidade, está a de que o material com o qual a lâmpada foi feita é diferenciado, possuindo um filamento que é oito vezes mais grosso do que o usado nas comuns. Há também a questão do uso contínuo, que impede a ocorrência do desgaste decorrente do ato de acender ou apagar a luz, que faz com que os filamentos aqueçam e esfriem, e que consequentemente dilatem e contraiam, causando o surgimento de microfissuras e reduzindo o tempo de vida do dispositivo.
Há também a conspiratória (como não poderia deixar de haver), que explica que um acordo secreto teria sido firmado entre os fabricantes de lâmpadas em 1924, para reduzir a vida útil das mesmas a fim de que o consumo de tais produtos aumentasse no mercado.
Bem, conspiratórias ou não, o fato é que mesmo com todas estas teorias a durabilidade da lâmpada ainda espanta os cientistas, o que faz com que uma aura de mistério circunde este fato, mesmo para os especialistas que analisaram o objeto.
Agora imaginem vocês tendo de pagar uma conta de luz de uma lâmpada acesa há quase cento e vinte anos. É realmente de apagar o juízo.
E aí, você sabia?
Ecos do Big Bang
Vocês lembram das aulas de ciência que falavam sobre a explosão primordial que deu origem ao universo há mais de treze bilhões de anos, o conhecido “Big Bang”? Se sim, parabéns, isso significa que estavam atentos e não bagunçando, como este que vos escreve.
Agora, vocês lembram daquele chiado um tanto que irritante, produzido pelas praticamente extintas tvs analógicas quando perdiam o sinal da antena? Claro que lembram, afinal, quem nunca ficou p... da vida quando o contato foi perdido na parte principal do filme, série ou novela?
Pois bem, agora vocês que devem estar fazendo uma pergunta enquanto leem isso. Mas o que tem a ver uma coisa com a outra? Respondo, muito. E esse muito foi descoberto há mais de cinquenta anos pelos cientistas Arno Penzias e Robert Wilson, o que inclusive lhes rendeu nada mais, nada menos que um prêmio Nobel de física em 1978. Viu como vale a pena prestar atenção nas aulas de ciência? Então deixem de bagunça molecada!
A descoberta feita pelos rapazes citados acima foi a de que no meio daquele ruído de estática que ouvíamos está o que a ciência chama de “radiação cósmica de fundo”, que contém simplesmente os ecos do big bang. Isso mesmo, no meio daquele barulhinho que muita gente achava um saco estavam os sons da explosão que há bilhões de anos deu origem a esse universo enorme, que continua se expandido depois de todo esse tempo.
Pois é, mesmo depois de todo esse tempo os ecos daquela explosão continuam circulando por aí, o que mostra que somos apenas bebês ainda engatinhando no que concerne às descobertas deste cosmos tão vasto.
Ficaram doidos para ouvirem aquele ruído de novo não é? Mas e agora, que a tv é digital? Procurem na internet ué. Ali vocês acham quase tudo. Só não esperem ouvir alguma mensagem vinda do espaço, enviada por algum alienígena com nada melhor para fazer, porque não vão encontrar. Acreditem, eu já tentei.
E aí, você sabia?
Sem maquiagem
A busca pela beleza é uma saga na qual muitas pessoas têm se aventurado, buscando a correção do que consideram como imperfeições ou, na impossibilidade de fazê-lo, ao menos as cobrirem com alguns expedientes oferecidos pela indústria de cosméticos. Para o calvo, implantes, perucas, ou aquele spray/pó esquisito que cobre as falhas na cabeleira. Para os cheinhos, aquele instrumento de tortura que chamam de cinta, e que dá claustrofobia só de olhar.
Mas talvez a forma mais comum e famosa de embelezar-se, ou cobrir as famosas imperfeições, seja a boa e velha maquiagem. Há quem faça disso inclusive um negócio dos mais lucrativos e criativos, transformando inteiramente a aparência de uma pessoa com alguns retoques e pinceladas.
Dito isso, imaginem só se a famosa maquiagem fosse proibida nos dias atuais. Agora vou mais além. Imaginem se as noivas fossem proibidas de usar maquiagem antes do casamento. E pior... imaginem se o noivo pudesse anular o casório por não ficar satisfeito com a aparência da noiva depois de vê-la sem maquiagem. Soa um pouco absurdo não é? Pois é, mas no século II d.c não soava, e em 1770 isso parecia perfeitamente normal. Então, entrem na máquina do tempo e vamos ver onde e como essa doidice acontecia.
A Grécia sempre foi famosa pela mitologia, pelos monumentos, e em especial, pela sabedoria, sendo considerada o berço da democracia, da filosofia, da literatura, da dramaturgia e da civilização ocidental (haja neném pra tanto berço). E assim como coração de mãe, onde sempre cabe mais um, os gregos decidiram parir um novo bebê e inovar em outro aspecto, mas esse não se mostrou lá muito feliz, e nem muito inteligente.
No ano II da era Cristã os gregos criaram uma proibição inusitada, a de que as noivas não poderiam usar maquiagem antes do casório, e permitiam, inclusive, que o noivo anulasse o casamento acaso a mulher fizesse uso de tal expediente. Não sei se um tal de Sócrates, um grego que sabia que não sabia de nada, gostaria de saber o motivo por trás dessa determinação, digamos, esdrúxula.
Bem, a justificativa era a de que a mulher não poderia esconder sua verdadeira aparência, o que segundo os gregos podia acontecer acaso ela usasse maquiagem. É, bem, nessa aí a terra de Sócrates não foi lá muito feliz.
Agora vamos deixar essa época e viajar mais de um milênio para o futuro, onde supõe-se que os erros do passado já teriam sido superados e que a sociedade teria evoluído a tal ponto que seria ridículo afirmar que os equívocos do pretérito se repetiriam, certo? Errado!
Existe um velho ditado que afirma que aqueles que não aprendem com a história, estão fadados a repeti-la. Pois é, tem gente que gosta de fazer isso, mesmo que signifique voltar a viajar na maionese, e foi exatamente o que aconteceu na terra da rainha, dos Beatles e do hilário e espalhafatoso Mr. Bean, que não usa maquiagem para esconder toda aquela beleza natural.
Em 1770 o parlamento britânico trouxe de volta o comando que tinha ficado lá na Grécia, em um passado longínquo, e editou uma lei em que as noivas não podiam usar maquiagem, dentadura ou peruca antes do casamento, e que acaso o fizessem, o pobre do noivo, ludibriado com aquele disfarce, poderia anular o enlace.
Pobre do noivo? Não, pobre da evolução, que foi massacrada com a exumação dessa lei, que deveria ter ficado ali, enterrada no passado.
Pois bem, o tempo passou e a lei deixou de valer, voltando para o túmulo, de onde não deveria ter saído. Mas, como demorou mais de um milênio para que ela voltasse à vida, e como a moda ultimamente são as histórias de zumbis que saem da cova para assombrar os vivos, não seria nenhuma surpresa se o parlamento de algum lugar por aí trouxesse de volta esse comando um bocado absurdo.
E aí, você sabia? Ou sabia que não sabia? Filosofe.
Ano Novo, curiosidade nova
Ano novo chegando, e com ele são renovados os desejos de paz, saúde e prosperidade, mas também surgem novas curiosidades, afinal, o ser humano é um bicho deveras curioso, e não fosse assim, não teríamos chegado onde estamos hoje.
E por falar nelas, as famosas curiosidades, pensando na chegada do novo ano que já está batendo em nossas portas, resolvi citar algumas referentes a essa passagem temporal, que marca o início de um novo ciclo em nossas vidas. Então, enquanto se prepara para encher a barriga de lentilha e dar aqueles pulinhos sobre as ondas, aproveite para saber um pouco mais sobre essa tradição.
A primeira delas é referente ao mês que abre o novo ano, janeiro, tempo de praia, sol, água de coco e aquela cervejinha gelada que tomamos com os pés enterrados na areia (para alegria daqueles bichinhos que no começo de fevereiro serão retirados com agulha e álcool).
O mês de Janeiro recebeu esse nome em alusão ao deus romano Jano ou Janus em latim, que representava as mudanças, as transições, os inícios, e que possuía duas faces, uma virada para frente, e outra para trás, simbolizando a entrada e saída de uma porta, o que tem um pouco a ver com a virada de ano e a renovação que ela representa, se pararmos para pensar um pouco.
No entanto, nem sempre o ano novo foi celebrado no dia 01 de janeiro. Até 153 a.c os romanos o comemoravam em 15 de março, e a partir desta data elegeram o primeiro de janeiro, que foi mantido após a adoção do calendário Juliano, bem como com a implementação posterior do calendário Gregoriano, persistindo até hoje. Feriado antigo esse.
E por falar em antigo, segundo relatos, o feriado de ano novo é o que é comemorado há mais tempo pela humanidade, havendo registro de que já era celebrado na Babilônia, há cerca de quatro mil anos atrás. Tem um tempinho não é?
Mas não é o mundo todo que celebra a passagem de ano na virada do 31 de dezembro para o 1 de janeiro. Essa data é comemorada neste período pela maioria dos países, no entanto, existem algumas nações que soltam fogos e estouram champanhes (ou não) em outros dias ou meses, podendo-se citar os chineses, que recebem o ano que chega entre o fim de janeiro ou começo de fevereiro, e os judeus, que o fazem e meados de setembro. Mundinho variado esse. E haja festa da virada por aí.
Bem, apresentadas essas curiosidades (que são apenas algumas, diga-se de passagem), desejo a todos um feliz ano novo, repleto de saúde, paz, prosperidade e principalmente, das bênçãos de DEUS.
Feliz Ano Novo!
E aí, você sabia?
O bom velhinho e suas influências
É Natal.
O Natal é sem dúvida uma das épocas mais belas do ano, onde as pessoas se aproximam, as famílias e amigos confraternizam, e deixamos de lado um pouco da agressividade e intolerância que infelizmente permeiam nosso cotidiano (pelo menos até alguém tomar umas e outras e começar a falar sobre política).
Mas o Natal também é uma época que traz diversos simbolismos, que variam conforme o local do planeta em que você se encontra, podendo-se citar, dentre eles, a célebre árvore de natal, os enfeites, a ceia, a troca de presentes e um dos mais famosos, o bom, simpático e pançudo velhinho (haja panetoni), que invade o nosso imaginário desde a mais tenra idade.
A figura do Papai Noel tornou-se, com o tempo, um dos maiores, ou talvez até mesmo o maior símbolo do Natal, deturpando o real significado dessa data, que é o nascimento de Cristo. Durante o mês de dezembro, cartas e mais cartas são penduradas nas árvores de natal espalhadas pelas casas mundo afora, todas com um só destinatário e endereçadas para o Polo Norte.
Mas ora bolas, é por isso que tanta criança fica sem presente, já que o velhinho, de acordo com informações, mora na Lapônia, e não no Polo Norte. Resultado, “documento devolvido ao remetente... e sem presente”.
Mas qual a origem do barrigudo mais simpático de que se tem notícia? (Não, não falo do Homer Simpson). A informação mais segura é a de que o Papai Noel é uma representação de um antigo santo da Igreja Católica, São Nicolau de Mira, ou São Nicolau de Bari, que teria vivido no século III depois de Cristo, e ganhou notoriedade por distribuir presentes para as crianças carentes, que carregava em um saco (os presentes, não as crianças. Para isso nós temos o “velho do saco”. Não confundam).
Mas a figura do bom velhinho também sofreu influência da mitologia nórdica, que explica que Odin, o deus viking, montava em seu cavalo voador de oito pernas, Sleipnir, e saía por aí distribuindo presentes e, pasmem, punições para as crianças, o que era feito na época do inverno. Por causa disso, a população enchia botas e meias com agrados para quando fossem visitadas, tradição que foi acolhida pelos norte-americanos e outros países, onde meias são penduradas na decoração natalina, com presentes dentro delas, mas sem punições, para alegria da meninada mais traquina.
Eis alguns dos elementos que ajudaram na construção da imagem atual do bom velhinho. E falando em tradição, que tal escrever aquela cartinha criativa, não para o Papai Noel, mas para sua tia ou avó, pedindo que por caridade não coloque passa na comida da ceia do Natal. Essa é uma tradição que bem que poderia ser esquecida.
No mais, um feliz Natal a todos.
E aí, você sabia?
Paul não morreu.
O título acima foi adaptado da célebre frase sobre o rei do Rock, Elvis Presley, cunhada pelos fãs que não aceitavam a morte de seu ídolo, para trazê-la à realidade de outra personalidade da música, Paul McCartney, célebre baixista e vocalista dos Beatles e compositor de diversas músicas que entraram para a história. Mas por que afirmar que Paul não morreu, especialmente quando ele está aí, nos auge dos seus setenta e seis anos, fazendo turnês pelo mundo e vendendo saúde?
A afirmação decorre de uma teoria da conspiração que já dura mais de cinquenta anos, a de que o verdadeiro Paul McCartney teria morrido em um acidente de carro ocorrido no dia 09 de novembro de 1966, e para encobrir a tragédia e substituí-lo, um concurso para encontrar um sósia para o Beatle teria sido organizado, onde o escolhido foi um tal de Billy Shears, que até hoje estaria no lugar do supostamente finado baixista. Louco, não é? Mas “Let it be”, e sigamos em frente.
Bem, os fundamentos que sustentam essa teoria são supostas indicações de diversas pistas do falecimento, que teriam sido propositalmente espalhadas em músicas e capas dos discos dos Beatles ao longo dos anos. Com o tempo, a teoria ganhou tanta força que o próprio Paul teve de vir a público para desmenti-la.
Mas quais seriam os sinais que fizeram com que uma história tão absurda chegasse a ser tema de livros, e permanecesse no imaginário popular por tantos anos, resistindo à passagem do tempo, do “Yesterday” até os dias de hoje?
Bem, o material é tão farto quando a discografia dos rapazes de Liverpool, por isso vou citar só algumas das justificativas para não me alongar demais no assunto. Afinal, parece que tem turnê do Paul chegando, e eu prefiro assistir ao show ao invés de ficar escrevendo sobre a suposta morte do cara.
Uma das maiores referências para a teoria é a icônica capa do disco “Abbey Road”, onde os quatro Beatles atravessam a rua homônima pela faixa de pedestres.
Na foto, o único beatle que aparece descalço e de olhos fechados é Paul, o que seria uma pista para o falecimento, já que de acordo com os adeptos da versão, os mortos são enterrados com os pés descalços. Além disso, McCartney segura um cigarro na mão direita, mas na realidade é canhoto, o que indicaria que quem aparece é na verdade o seu sósia, escolhido para substituí-lo.
Na célebre imagem, George Harrison representaria o coveiro, Ringo Starr, que está de preto, o agente funerário, e Lennon, vestido de branco, faria as vezes de DEUS ou Jesus Cristo.
Há também a placa do fusca branco estacionado do lado esquerdo da rua, com a sigla LMW 281F, que carregaria a mensagem subliminar “Linda McCartney Widow” (Linda McCartney viúva), e indicaria a idade que Paul teria na época da foto, que seria de 28 anos, “281F”, ou 28 “If”, traduzido para o português como “se”, ou seja, se estivesse vivo, ele teria vinte e oito anos.
Já no álbum “Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band”, em uma das fotos do encarte Paul aparece com uma insígnia no braço com as letras OPD, que significariam “Officialy Pronounced Dead”, ou oficialmente considerado morto, frase utilizada para indicar a morte de pessoas.
No mesmo álbum, agora na capa, um dos arranjos de flores forma um baixo Hofner, que era o modelo utilizado por Paul, onde há apenas três cordas, que representariam os três Beatles que tinham permanecido após sua morte.
As referências não cessam, e se estendem por diversas outras fotos e músicas do quarteto de Liverpool, algumas completamente malucas e despropositadas, e outras com uma lógica aparente que chega a causar arrepios.
Em 1993 ele chegou a brincar com o assunto, lançando o disco “Paul is Live” (Paul está vivo), onde reproduz a capa da Abbey Road, com modificações que contradizem as pistas supostamente deixadas na original.
Na nova foto, Paul aparece com o pé esquerdo voltado para a frente, quando na original era o único com o pé direito seguindo adiante, e desta vez usa sapatos, quando na anterior estava descalço. Há uma mudança também na placa do Fusca, que antes era “281F (28 If, ou 28 anos se estivesse vivo) passando para 51IS, mostrando a idade que Paul tinha à época do novo álbum, que era de cinquenta e um anos (51 IS).
Por fim, ele segura a coleira do cachorro que o acompanha com a mão esquerda, em clara alusão ao cigarro que carregava na mão direita na capa original, o que teria alimentado ainda mais a conspiração, visto que Paul é canhoto, e não destro.
Como já disse anteriormente, as referências são inúmeras, mas o fato é que Paul está aí, vivo e vendendo saúde, compondo, cantando e fazendo turnês pelo mundo, e espero estar na próxima, desde que eu receba um considerável “Help!” na minha conta bancária, talvez “With a little help from my friends”, talvez não.
Se alguém me conseguir um ingresso ficarei grato. Vamos lá pessoal, “Dont let me down”.
E aí, você sabia?
Bichinho letal.
O reino animal, com todas as suas leis e regras decorrentes de anos de evolução apresenta diversas curiosidades, e como não estamos excluídos dessa sistemática, tais normas naturais também se aplicam aos seres humanos.
É certo que cada animal possui um predador natural na cadeia alimentar, exceto o homem, se é que não podemos incluir nossa própria espécie como predadora dela mesma. Nestas variações de cadeias, existem animais que apresentam maior ou menor periculosidade, e alguns acabam causando verdadeiro pavor em nosso imaginário, como cobras e tubarões, por exemplo.
Mas qual seria, para o ser humano, o animal mais letal desse globo azul que flutua em meio ao universo? O leão, o tubarão, a cobra, aranhas e escorpiões? Aquele que marcou a opção “nenhuma das alternativas” fechou a questão.
De acordo com levantamento da “Fundação Bill e Melinda Gates”, o animal que mais mata humanos no mundo é o mosquito. Sim, ele mesmo, aquele pequeno ser que azucrina o nosso juízo nas noites quentes de verão, e que tem o condão de causar os maiores estragos quando resolve vampirizar para o nosso lado, a exemplo do desenvolvimento de doenças com efeitos seríssimos, tais como a dengue, a zica e a chicungunha, sem esquecer da malária e de outras mazelas transmitidas por estes pequenos pestinhas.
Os mosquitos nesse ponto fazem valer o antigo ditado, de que é nos menores frascos que estão os piores venenos.
Portanto meus amigos, devemos sim seguir os conselhos de não nadar em águas profundas ou com alto índice de ataque de tubarões, de não entrar na jaula do leão no zoológico para alisar a juba do bicho, ou de calçar botas de cano longo para entrar no meio de um matagal, para evitar mordidinhas indesejadas das nada simpáticas serpentes. Mas antes disso, devemos também dar a devida importância a um bichinho que desconsideramos na maior parte de nossos dias, e que é tão, ou até mais perigoso do que os animais citados acima.
Então não esqueçam, fiquem de olho em recipientes com água parada em qualquer lugar, e evitem o acúmulo de lixo nas ruas e logradouros. Não vamos dar sopa para o azar, afinal, estamos lidando simplesmente com o animal mais letal do mundo.
Xô mosquito.
E aí, você sabia?